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A Copa do Mundo da África do Sul começou, fora dos campos, nesta quinta-feira. A festa de abertura levou 35 mil pessoas ao Soccer City, em Johannesburgo, reunindo grandes nomes da música mundial, como a cantora colombiana Shakira e o grupo americano Black Eyed Peas.

"O futebol liga as pessoas", exclamou o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Em seguida foi a vez de o presidente sul-africano Jacob Zuma exaltar o país que recebe a mais importante competição do esporte: "A África do Sul é cool", exclamou o chefe de Estado em certa altura do discurso. Zuma quebrou o protocolo também com a vestimenta. Usava uma echarpe coloridíssima em alusão à bandeira deste que é o primeiro país do continente a receber o Mundial.

Pacificamente, brancos e negros curtiram a festa juntos no Soccer City, que fica no Soweto, bairro que se tornou símbolo da luta contra o apartheid.

Uma figura famosíssima desta Copa não conseguiu entrar no estádio em forma de abóbora: a vuvuzela. Capaz de fazer um barulho mais potente do que o de um helicóptero, amada por uns, odiada por (muitos) outros, a corneta, dizem os organizadores da abertura, atrapalharia a música.
 

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A cerimônia passou pela televisão para o mundo inteiro, até porque havia gente do mundo inteiro participando dela artisticamente falando. Desde a colombiana Shakira aos americanos do Black Eyed Peas, ambos figuras relativamente fáceis no Brasil. A cantora Angélique Kdijo, do Benin, também participou do show e também já cantou em solo verde-amarelo.

Como nem tudo é festa, no outro lado do país, houve uma pequena confusão, a segunda na África do Sul com feridos antes de a bola efetivamente rolar. Esta última foi na Cidade do Cabo, onde três se feriram durante a inauguração de um parque em razão da Copa do Mundo. O incidente aconteceu, ironicamente, onde o pacifista Nelson Mandela fez, em 1990 o primeiro discurso como homem livre.

No Soccer City, onde amanhã África do Sul pega o México na partida inaugural, o clima amistoso entre os espectadores pegou de surpresa a mexicana Vicky Becerra, de 32 anos. "Eu voltarei", diz ela, em referência ao jogo de amanhã.

No que diz respeito a segurança, o governo sul-africano pede que todos, sejam sul-africanos ou visitantes, cuidem da própria segurança e de quem estiver ao redor.

Apesar dos esforços inegáveis (40 mil policiais extras e investimento pesado), houve o registro de vários incidentes, inclusive com jornalistas. Quatro chineses foram vítimas de um assalto a mão armada ontem. Por experiência igualmente desagradável passaram jornalistas portugueses e espanhóis, que ficaram sem dinheiro e passaporte.

"É deplorável que nossos visitantes passem por tal situação", lamenta o policial Bheki Cele, em referência ao sumiço de 1500 euros (R$ 3 mil) da seleção grega, que está em um hotel de Durban. Três suspeitos vão ficar sem ver os jogos.

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