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Lindos, apaixonados, talentosos, glamourosos. Por mais de 20 anos eles foram o casal real de Hollywood. Muito antes da era das celebridades instantâneas – ou mesmo do impacto de uma dupla como Brad Pitt e Angelina Jolie –, Elizabeth Taylor e Richard Burton protagonizaram uma história de amor mais intensa e tumultuada do que os dramas do cinema. Eles se casaram duas vezes, se divorciaram duas vezes, mas mantiveram a chama da paixão acesa até a morte de Burton em 1984, na Suíça, de hemorragia cerebral.

A vitalidade da relação é a força motriz do livro “Furious Love: Elizabeth Taylor, Richard Burton and the Marriage of the Century” (Amor Furioso e o Casamento do Século, em tradução livre), que será lançado na terça-feira 15, nos Estados Unidos. A obra tem como destaque as cerca de 40 cartas e bilhetes de amor que Burton enviou a Liz, reveladas pela primeira vez após décadas. Até dias antes de sua morte, o ator galês ainda ansiava por um reencontro. Isso fica claro no último texto dele para ela, que Liz, 78 anos, guarda até hoje em seu criado-mudo. Embora não tenha liberado a carta para publicação, ela a leu para os autores Sam Kashner e Nancy Schoenberger. A atriz recebeu a correspondência em sua casa, na Califórnia, após comparecer ao funeral de Burton na Inglaterra. Os autores também tiveram acesso aos diários de ambos e a partes da autobiografia que Liz escreveu nos anos 1960 e nunca tornou pública.

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MOMENTOS
A paixão em “Cleópatra”, o primeiro dos dois casamentos e juntos em “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?”

Burton e Liz se apaixonaram no set de filmagem de “Cleópatra”, em 1963. O ator ficou fascinado por ela no instante em que a viu nua durante o banho da rainha do Egito. Momentos depois, deram o primeiro beijo. A cena foi repetida várias vezes e o beijo entre Marco Antônio e Cleópatra durava mais a cada take. Até que o diretor Joe Mankiewicz perguntou: “Vocês se incomodam se eu disser corta?” Ainda assim eles prosseguiram. Os dois eram casados e o romance incendiou Roma, onde a maior parte do filme foi rodado, a ponto de o Vaticano condenar a relação. “Richard e eu tínhamos uma química incrível. Não nos fartávamos um do outro”, conta Elizabeth. As cartas dele são intensas, cruas e passionais até o fim. “Meus olhos cegos estão desesperadamente esperando para vê-la. Você não percebe, é claro, E.B., o quão fascinantemente bela você é”, escreveu o ator no início do romance.

Eles selaram a união de forma discreta no Canadá, em 1964, e se divorciaram em 1974. Voltaram a se casar em outubro de 1975 e se separaram novamente em julho de 1976. Além da paixão, o relacionamento do casal também foi marcado pelo excesso de bebida que, por fim, contribuiu para a morte precoce de Burton, aos 58 anos. Nada, porém, ofusca a vitalidade deste grande amor que, visto de perto, foi um catalisador para as mudanças em relação a sexo, casamento, moral e celebridade presentes hoje em dia. Uma verdadeira história de cinema.

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