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A participação de brasileiros nos campos desta Copa do Mundo, não se resumirá apenas aos 23 jogadores que vestirão a camisa amarela. Seis outros atletas nascidos e criados em solo brasileiro estarão presentes no maior evento esportivo do mundo representando países com os quais, até pouco tempo atrás, tinham pouco ou nenhum laço afetivo ou histórico. É o caso de Deco, Pepe e Liédson, que reforçam a seleção portuguesa; do carioca Benny Feilhaber, volante dos Estados Unidos; e de Cacau, atacante da seleção da Alemanha. Marcus Túlio Tanaka, do Japão, é o único que tem em suas veias o sangue do país que defenderá nesta Copa.

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A história desses jogadores – que alguns teimam em chamar de mercenários da bola – é parecida. Quase todos deixaram o Brasil ainda cedo para tentar a sorte no rico e promissor futebol europeu, ganharam espaço em equipes de destaque nos países onde atuavam e nunca receberam a atenção que esperavam dos técnicos da Seleção Brasileira. Exatamente pelo fato de nunca terem defendido o Brasil em jogos oficiais, esses jogadores estavam aptos a defender qualquer país, desde que fossem cidadãos de direito. Todos eles buscaram o caminho da naturalização para conseguir realizar o sonho de participar de uma Copa.

Apesar de cada vez mais frequente, por conta do êxodo maciço de atletas brasileiros – só no ano passado mais de mil deles deixaram o País –, esse não é um fenômeno novo. Jogadores brasileiros atuaram nas mais diversas seleções estrangeiras desde a primeira competição mundial. O precursor foi o paulistano Anfilóquio Guarisi Marques, descendente de italianos e portugueses que fez carreira na Portuguesa. Frustrado por não ter sido convocado para a Seleção que disputou a primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai, Guarisi transferiu-se para o Lazio. De posse da cidadania italiana, foi convocado para a seleção da Itália em 1934. Apesar de só ter jogado a primeira partida, foi o primeiro brasileiro campeão do mundo.

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