Paralamas pelo Brasil afora
Primeiro CD com músicas inéditas em quatro anos, Brasil afora, do Paralamas do Sucesso, retoma a energia da melhor fase do trio formado por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. Alternando-se entre o balanço jamaicano, que fez a fama da banda, os ritmos nordestinos e o pop urbano, o disco é o melhor trabalho desde Hey na na, de 1998, feito três anos antes do acidente que deixou Vianna paraplégico.

O reggae e o ska aparecem em faixas como Meu sonho e Quanto tempo, parceria de Carlinhos Brown e Michael Sullivan. A faixa-título simula um rock, mas é um baião pesado. E Taubaté ou Santos lembra o pop ingênuo do sucesso antigo Romance ideal.

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Livros
Contos viajantes

A cidade ilhada (Companhia das Letras, 125 págs., R$ 24) é o primeiro livro de contos do autor amazonense Milton Hatoum. Reúne 14 narrativas produzidas na década de 1990 e, como sempre em suas obras, a cidade de Manaus permeia as tramas. Mas o autor também se permite viajar pelo mundo – há histórias que se desenvolvem em Paris, Bombaim e Berkeley.

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O passo do Lui
Segundo disco da banda, traz os sucessos Óculos, Ska e Meu erro, cantados no Rock in Rio de 1985

Selvagem?
O CD que contém Alagados, A novidade e Melô do marinheiro vendeu mais de 750 mil cópias

BiG BanG
Disco que lançou a música Lanterna dos afogados, gravada mais tarde por Gal Costa em seu Acústico MTV

Severino
Nesse CD pouco executado, Os Paralamas regravaram Go back, dos Titãs, e lançaram a dançante Vamo batê lata

9 luas
Trabalho puxado pela música Lourinha bombril, versão para Parate y mira, do grupo argentino Los Pericos

Cinema
A vida e a Aids

O surgimento da Aids e a mudança que ela provocou na vida das pessoas são o tema do filme francês As testemunhas, de André Téchiné, em cartaz em São Paulo. A história se passa no início dos anos 80 e centra-se em um grupo heterogêneo de amigos. Sarah (Emmanuelle Béart) é uma escritora casada com um policial de origem árabe. Ele começa a se relacionar com um jovem interiorano, introduzido no grupo por um médico gay, amigo do casal. A ciranda amorosa entra em descompasso quando o rapaz apresenta sintomas da doença.

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Dvd
Laura, bela e fatal

Considerado um dos maiores filmes noir de todos os tempos, o suspense Laura, de Otto Preminger, tem todos os ingredientes do gênero: uma mulher lindíssima, uma corja de homens de moralidade dúbia, um crime misterioso e um detetive cínico, que acaba fascinado por seu objeto de investigação. Essa fascinação se estende ao espectador, especialmente porque essa mulher fatal é interpretada por Gene Tierney e o detetive, por Dana Andrews, dois grandes atores dos anos 1940. O tema musical do filme, de David Raksin, se tornou um clássico.

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teatro
Atual Plínio Marcos

Filho de uma prostituta, o garoto Querô ganhou esse apelido depois que a sua mãe se matou bebendo grande quantidade de querosene. Criado por uma cafetina, ele aos poucos passa a se envolver com marginais. Essa história realista não foi tirada dos jornais: foi imaginada pelo dramaturgo paulista Plínio Marcos e está sendo encenada no Galpão do Folias, em São Paulo, com um elenco de 39 atores, músicos e cantores. Todos eles se revezam nos papéis da peça Querô, uma reportagem maldita, com montagem corajosa e toques de cabaré. É mais um texto forte de Plínio Marcos, falecido há dez anos.

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AGENDA

História de amor

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(Teatro da Vertigem, São Paulo, até 8/3) – Peça do francês Jean-Luc Lagarce, que trata de um triângulo amoroso
 

UM DIA (QUASE) IGUAL AOS OUTROS

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(CCBB, São Paulo, até 5/4) – A atriz Débora Duboc interpreta uma mulher em crise em texto do dramaturgo italiano Dario Fo
  

Hélio Oiticica: Penetráveis

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(Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, até 21/6) – Mostra de seis obras ambientais do artista carioca, entre elas a inédita Macaléia