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Assista ao vídeo e conheça o Mundo Mágico de Harry Potter

 

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HOGWARTS REAL
A altura do castelo é de 45 metros, mas efeitos de perspectiva dão
a impressão de que ele tem mais de 200 metros

No dia 18 de junho, a cidade de Orlando, nos Estados Unidos, inaugura um dos mais esperados parques de diversão temáticos dos últimos tempos. Trata-se do Mundo Mágico de Harry Potter, o maior investimento da Universal Orlando desde que a empresa criou o complexo de entretenimento Islands of Adventure (Ilhas de Aventura), em 1999, para competir com a rival Disney na cidade. Em construção desde 2007, o Mundo Mágico de Harry Potter drenou US$ 265 milhões de seus principais investidores, a própria Universal e a Warner Bros. Entertainment, dona da franquia. Mas, se o sucesso dos sete livros e seis filmes da série serve de termômetro, o retorno será imenso. Nada menos do que 400 milhões de exemplares da saga foram comercializados em 67 idiomas. Somadas as vendas nas livrarias com a bilheteria dos cinemas, a franquia arrecadou incríveis US$ 5,3 bilhões (R$ 9,8 bilhões) em 13 anos de existência. A Universal espera atrair, pelo menos, 4,5 milhões de turistas para o parque por ano.

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VISITA ILUSTRE
Emma Watson, que interpreta Hermione,  e outros atores dos filmes conheceram o parque

As agências brasileiras de turismo que trabalham com Orlando como destino começam a sentir o impacto da inauguração que se aproxima. Embora haja dificuldade em quantificar o aumento na demanda relacionado diretamente à novidade – os pacotes tradicionais já incluem todas as ilhas da Islands of Adventure e dão acesso automático ao Mundo Mágico de Harry Potter –, são muitos os que ligam apenas para pedir informações sobre o parque do bruxinho. “Nos últimos três meses a procura aumentou vertiginosamente”, explica Patrícia Belotti, coordenadora de grupos da Stella Barros Turismo em Orlando. Segundo ela, este ano a empresa registra alta de 40% em relação ao ano passado no número de turistas que têm Orlando como destino. “Não temos como saber quanto é por causa do Harry Potter, mas é uma boa porção”, diz. Na Universal Turismo e na Conexão Disney, agências especializadas em pacotes para Orlando, a situação é idêntica.

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GALERIA ANIMADA
Como no filme, os retratos dos fundadores de Hogwarts falam e se mexem

Tanto frisson se justifica. As poucas imagens e vídeos do parque ainda em obras deixaram os fãs com água na boca. O castelo da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts está lá, o Expresso Hogwarts também e até o Correio Coruja marca presença (leia quadro com a descrição completa de atrações ao lado). Tudo foi construído sob a supervisão de quatro produtores dos filmes da série para que o resultado fosse fiel ao universo com o qual os fãs estão acostumados. “Recriar o que fizemos para as câmeras no mundo real foi uma experiência única”, diz o irlandês Alan Gilmore, diretor de arte dos filmes, que se mudou para Orlando para supervisionar as obras.

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Efeitos especiais como o da perspectiva forçada, por exemplo, dão majestade à vila de Hogsmeade e ao castelo de Hogwarts, que tem 45 metros de altura, mas, para os visitantes, parecerá ter mais de 200 metros. A neve será uma constante nos telhados, apesar do calor do verão de Orlando. No restaurante Três Vassouras, dentro do parque, os mais sedentos poderão se refrescar com produtos criados pela autora da saga, J.K. Rowling, como suco de abóbora e cerveja amanteigada, sem álcool. Um dos grandes desafios da Universal foi materializar o que só existia na imaginação da escritora. Foi trabalhoso o desenvolvimento da cerveja amanteigada, por exemplo. J.K. Rowling fez várias provas e só aprovou a bebida quando o sabor chegou ao que ela havia imaginado: um misto de açúcar mascavo, biscoito de manteiga e caramelo. Os pequenos feijões de todos os sabores (bacon, meleca, terra, minhoca, sabão), por sua vez, foram criados pela Jelly Belly e estão no mercado há cinco anos. Também estarão à venda no Mundo Mágico.

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DE AVIÃO
Fanática pelo bruxinho, Débora Horne vai conhecer o parque em julho

Na principal atração do parque o turista será levado por Harry e seus amigos em um passeio virtual pelo universo do bruxinho. Batizado de Harry Potter e a Jornada Proibida, a atração, que terá duração de uma hora, usará tecnologia inédita que envolve o fã com imagens por todos os lados. A pessoa passará por um jogo de quadribol, o esporte oficial em Hogwarts, será lançada em movimentos bruscos que simulam um voo de vassoura mágica e cruzará com um dementador, um dos vilões da saga, entre outras aventuras. De volta à vila, os mais entusiasmados poderão comprar uma vassoura modelo Firebolt por US$ 300 (R$ 552) ou bisbilhoscópios – sensores de segredos – por US$ 15 (R$ 26,7), além de camisetas e agasalhos dos principais times de quadribol.

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DIREÇÃO
Na sala de Dumbledore, o próprio diretor dará boas-vindas aos visitantes

A estudante paulista Débora Horne, 23 anos, está com a viagem agendada para o Mundo Mágico de Harry Potter para julho. Ela integrará a primeira excursão para o parque temático organizada pela Uberturismo, de Minas Gerais, em parceria com a Potterish, uma das páginas mais acessadas do mundo quando o assunto é o bruxinho, criada e mantida por brasileiros. Dona de oito varinhas mágicas, uniformes dos times de quadribol e 15 bonecos dos personagens da trama, ela espera aumentar a coleção com a viagem. “Mas o que eu quero mesmo é entrar em Hogwarts e circular por Hogsmeade para sentir o clima do lugar”, diz Débora, ansiosa. “Vai ser como viver um sonho”, revela. No grupo de Débora há mais 30 pessoas que desembolsaram pelo menos R$ 5,3 mil pelo pacote de 14 dias para Orlando. Segundo Fernando Nery, responsável pela Potterish, boa parte do grupo tem idade entre 18 e 23 anos. “Foi essa a geração mais influenciada pelos livros e filmes do bruxo, que surgiram em 1997”, diz ele.

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CABANA DE HAGRID
É dentro da réplica da casa do professor que se aprende a voar de Hipogrifo

Para os órfãos da série, que terminou oficialmente depois da publicação do último livro, “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, em 21 de julho de 2007, o parque chega para preencher um vazio. “Todo mundo queria ver como a saga ia acabar, mas ao mesmo tempo não queríamos que ela acabasse”, diz a brasiliense Mariana Bergo, que criou o site PotterHeaven quando tinha 11 anos e hoje, aos 20, ainda o mantém no ar. “O parque dá sobrevida à série, que, a meu ver, ainda vai enlouquecer muitas gerações como enlouqueceu a minha”, prevê.