Baró Galeria/Galeria Emma Thomas/ Rua Barra Funda, 216, SP/ abertura 22/5
Zipper Galeria/ Rua Estados Unidos, 1.494, SP/abertura em julho

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NOVOS CONCEITOS
Galeristas veteranos, Maria Baró e Fabio Cimino (abaixo)
investem em novos espaços e projetos diferenciados

Em tempos de mercado aquecido e interesse crescente na produção contemporânea por parte de jovens colecionadores, surgem em São Paulo duas novas galerias que prometem oxigenar o sistema de arte. Para ocupar o espaço monumental do galpão de Santa Cecília, só mesmo um projeto ousado, com direito a 1.500 m2 de área expositiva, mais uma loja, um café, um ateliê para artistas e um apartamento para residências artísticas. A fórmula da nova Baró Galeria, que abre neste sábado 22, inclui a sinergia com a Galeria Emma Thomas, espaço experimental que desde 2006 aproxima artistas de diferentes backgrounds, da moda e da publicidade à arte urbana. “O papel de uma galeria apenas como local de venda está obsoleto”, afirma a catalã Maria Baró, há 13 anos radicada em São Paulo. “Nosso principal objetivo continua sendo comercial, mas queremos aglutinar artistas, curadores e colecionadores de diferentes gerações para fomentar a discussão sobre a criação artística.”

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Fabio Cimino

A mostra “Arsenal” celebra a abertura do espaço apresentando as “armas” da Baró e da Emma Thomas: 55 artistas do Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, México, Chile, Guatemala, Espanha e Inglaterra. A exposição ilustra bem o projeto da galeria: colocar lado a lado artistas consagrados, como Carlos Fajardo, e novatos, como Érica Ferrari. Entre os grandes trunfos, Maria Baró anuncia a representação da “Cosmococa CC1 Trashiscapes”, de Hélio Oiticica e Neville D’Almeida. Design, arte sonora e novas mídias são outras frentes de atuação que a equipe vai assumir. “Se nosso desafio é repensar a função de uma galeria comercial, temos que pensar também como a artemídia pode ser absorvida pelo galerismo” , diz Adriano Casanova, diretor e curador da Baró Galeria.

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ARSENAL
Desenhos de Ana Teixeira integram exposição

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A tecnologia também é um foco da Zipper Galeria, que Fabio Cimino inaugura em julho, um ano depois do fim da sociedade Brito-Cimino, e agora com a antena voltada para artistas em começo de carreira, como a paulistana Flávia Junqueira e o fluminense Pedro Varela. “Não quero uma arte hermética nem conceitual, quero ampliação de público”, diz Cimino, que iniciou a carreira nos anos 80, trabalhando com arte conceitual, junto à galerista Raquel Arnaud. “Quero falar com a geração do meu filho, por isso não coloquei meu nome na galeria. O Cimino já está careca e a Zipper será o lugar onde se abrem boas exposições e se fecham bons negócios”, diz. O otimismo é a alma do negócio e seu filho, Lucas Cimino, 22 anos, responsável pelo site da galeria e sua inserção em redes sociais, arremata: “A galeria nem foi aberta e já temos 1.600 seguidores no Twitter e no Facebook. Mais que a Fortes Vilaça.”


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