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Se alguém quiser assistir a um título por dia, até esgotar todos que estão enumerados no livro 1001 filmes para ver antes de morrer (Sextante, 960 págs., R$ 59,90), vai levar quase três anos nessa empreitada. Ou u pouco menos, já que muitos deles são bastante dispensáveis, caso de Apocalypto ou Os excêntricos Teneubams, algumas das produções recentes citadas nessa lista.

Tirante essa ressalva, o livro reúne os grandes clássicos do cinema e os candidatos recentes a adquirirem tal status. Alfred Hitchcock, com 18 títulos, é o diretor mais citado. O Brasil comparece com o mesmo número de filmes, alguns deles resenhados pelo crítico carioca Jaime Biaggio.

FOTOGRAFIA
Bastidores de um teatro

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No camarim, um cantor mascarado fuma Também fora de cena, um casal de bailarinos se acaricia. É feito de instantes fugazes como esses a documentação que o fotógrafo BrunoVeiga fez do Theatro Municipal do Rio de Janeiro no livro Os bastidores do Municipal (Desiderata, 150 págs., R$ 59,90) nos 100 anos de sua fundação. São 80 belas imagens, resultado de sete anos de trabalho paciente e extremamente poético.

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+ 5 filmes eleitos no livro

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

Clássico de Glauber Rocha sobre um casal dividido entre o misticismo e o cangaço

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LIMITE

O filme mudo nacional mais famoso foi feito em 1930, mas só ficou conhecido na década de 80

VIDAS SECAS

Adaptação do romance homônimo feita por Nelson Pereira dos Santos

TERRA EM TRANSE

Outro filme de Glauber Rocha, que trata de forma metafórica da política latino-americana nos anos 60

O BANDIDO DA LUZ VERMELHA


Esse trabalho de Rogério Sganzerla é o único representante no livro do chamado cinema marginal

MÚSICA
Bom boêmio

A melhor tradução da boemia carioca está no samba de Moacyr Luz. O CD Batucando traz composições inspiradíssimas com parceiros da qualidade de Wilson das Neves, Aldir Blanc, Hermínio Bello de Carvalho, Paulo César Pinheiro. Para cantá-las, convidados de primeira, como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Ivan Lins, Martinho da Vila, Luiz Melodia. Não há mistério, Moacyr canta principalmente o amor. A mulher que se foi, a paixão que começa, a devoção ao Rio de Janeiro e seus personagens: temas envoltos em acordes emocionados e batuque preciso.

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CINEMA
Pantera roubada

O roubo da pedra preciosa Pantera Cor-de-rosa e de outros objetos históricos traz de volta à ativa o atrapalhado detetive francês Jacques Clouseau, interpretado pela segunda vez por Steve Martin no filme A pantera cor-de-rosa 2 (estreia na sextafeira 20). O personagem imortalizado por Peter Sellers – ele o encarnou em 11 filmes – vai se aventurar por Roma e Paris em busca das peças desaparecidas, ao lado dos parceiros Porton (Jean Reno) e Nicole (Emily Mortimer). No time de investigadores há excelentes atores, como Andy Garcia, Alfred Molina e Yuki Matsuzaki.

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MÚSICA 2
Na dança de Lily Allen

Da nova geração de cantoras inglesas, Lily Allen está se revelando a mais surpreendente. Depois de vender 2,5 milhões do CD de estreia, mais orientado para ritmos caribenhos com reggae e ska, ela poderia ter simplesmente repetido a fórmula em seu novo trabalho. Mas não o fez. It’s not me, it’s you investe no synth pop dos anos 80 com canções de refrões deliciosos e letras irreverentes. Fuck you, por exemplo, começa como a balada Close to you, de Burt Bacharach, mas logo se transforma num tema dançante, com letra desancando um homem racista e homofóbico. Já Not fair, com um andamento de temas de western spaghetti, tem como alvo um namorado com tudo para ser perfeito, não fosse um defeito fatal – sexualmente, deixa a desejar.

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AGENDA

JOSÉ MEDEIROS

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(IMS, São Paulo, até 5/4) – Essa exposição do fotojornalista piauiense reúne 21 imagens do clássico livro Candomblé 

MARGARET MEE

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(Pinacoteca do Estado, São Paulo, até 15/3) – Cem obras da botânica inglesa com destaque para as aquarelas retratando bromélias

GALERIA DAS ALMAS

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(CCBB, Brasília, a partir de 20/2) – Instalação de Eder Santos, feita com 25 projeções de nuvens

 


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