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A Bolsa de Nova York fechou em baixa nesta quinta-feira, em meio a temores exacerbados sobre a notação das dívidas europeias, em seguida a um movimento de pânico que levou o Dow Jones a uma desvalorização histórica. O índice recuperou-se um pouco no final do pregão, perdendo 3,20% e o Nasdaq, 3,44%.

Por volta das 15H40 desta quinta-feira, os índices iniciaram uma queda súbita que se prolongou por 15 minutos. Nesse período, o Dow Jones registrou sua maior baixa em pontos na sessão (998,50 pontos).

Já, no fechamento a perda foi de 347,80 pontos a 10.520,32 pontos enquanto o Nasdaq, de alto componente tecnológico, caiu 82,65 pontos a 2.319,64 pontos.

O índice ampliado Standard & Poor’s 500 cedeu por sua vez 3,24% (37,75 pontos) a 1.128,15 pontos.

Segundo o canal financeiro CNBC, citando várias fontes anônimas, uma grande confusão teria começado com um operador do Citigroup que marcou por erro no computador a cifra "milhão" em vez de "bilhões".

"A Citi disse que está investigando o caso", assinalaram as fontes à CNBC.

No imediato não foi possível extrair comentários do Citigroup sobre as informações.

De qualquer forma, os investidores mostravam grande nervosismo.

"Tudo se resume no temor de contágio da situação grega, antes da votação de sexta-feira na Alemanha" para ratificar a ajuda internacional acordada pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, informou Peter Cardillo, da Avalon Partners.

Ao mesmo tempo, o euro caía ante a divisa americana, chegando a uma cotação de 1,25 dólar.

O mercado obrigatório, refúgio dos investidores temerosos, registrava um salto espetacular. O rendimento dos bônus do Tesouro a 10 anos foram para 3,398% contra 3,550% na noite de quarta-feira; e o dos títulos a 30 anos a 4,165% contra 4,394%.

Algunas ações tiveram quedas extraordinárias: 3M perdeu até 15%, Procter & Gamble, 24%, e o grupo de serviços informáticos Accenture passou rapidamente dos 40 dólares para quase zero.