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O ex-presidente do Banco Central Meirelles afirmou nesta sexta-feira, 29, que um grande desafio a ser enfrentado por um eventual governo Michel Temer é "em primeiro lugar, restaurar a confiança na solvência futura do Estado brasileiro".

Em segundo lugar, Meirelles destacou "medidas que possam, conjuntamente com a restauração da confiança, levar a um aumento do investimento, e em consequência das contratações" e concessões de empréstimos. Em resumo, seriam ações necessárias "para que as empresas voltem a produzir, contratar e reverter a trajetória de contração da economia brasileira, o que é fundamental e que todos os brasileiros esperam".

Perguntado por jornalistas se haveria alguma necessidade de alteração de programas sociais, Meirelles destacou: "Acredito que não. Não estou entrando especificamente em detalhes. A prioridade no social é muito importante."

O ex-presidente do BC ressaltou antes que não houve convite formal para que seja o ministro da Fazenda de um eventual governo Temer.

Equilíbrio macroeconômico

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Henrique Meirelles afirmou ter expectativa de que o Congresso apoie a aprovação de medidas sugeridas por um eventual governo Michel Temer na área econômica. "Existe hoje uma consciência nacional que precisa restaurar o equilíbrio macroeconômico para que o Brasil volte a crescer e beneficiarmos todos os brasileiros."

Questionado por jornalistas se os juros deveriam baixar, Meirelles afirmou em tom cordial: "Isso é com o Banco Central."

Meirelles afirmou que para assegurar que o Estado brasileiro "solvente de uma forma sustentável" é preciso que a sociedade tenha confiança na macroeconomia do País.

"Em seguida, vamos tratar da microeconomia que são investimentos, infraestrutura, questões de recuperação judicial das empresas que estão tendo dificuldades neste momento", apontou Meirelles. "Em resumo: existe uma larga agenda de crescimento. Mas evidentemente tudo isso será função da autoridade econômica que vier a ser escolhida para conduzir esse projeto", afirmou.

"No momento, estamos numa fase de coleta de informações", disse Meirelles. "Ele (Temer) está muito interessado, fazendo muitas perguntas, e eu acho que é exatamente o que deveria ser."


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