O jurista Fernando Neisser defendeu Marta Suplicy durante a campanha de 2008, quando a então petista insinuou que seu oponente, Gilberto Kassab, mantinha uma vida afetiva e sexual secreta. O candidato do DEM ganhou o pleito. “E nós perdemos a causa”, conta o fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político e do Instituto Paulista de Direito Eleitoral. Neisser decidiu fazer a dissertação de mestrado, em 2012, pela Universidade de São Paulo (USP), justamente sobre a impotência da justiça eleitoral brasileira. “Marta perdeu muitos eleitores na ocasião, porque foi contra a sua bandeira. A imprensa tem um papel bem mais efetivo que a Justiça nesses casos.” O trabalho sai agora em livro. “Crime e Mentira na Política”, a ser lançado na quarta-feira 4, na sede da Fiesp, em São Paulo, tem como coluna dorsal a defesa de que as leis eleitorais como são hoje prejudicam a livre circulação de informações em vez de coibir crimes ou melhorar a qualidade das campanhas no País.

EMCARTAZ-X-IE-IE.jpg