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A mediana das projeções para inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016 teve queda no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central (BC). Agora, a taxa está em 6,98%, ante 7,08% da semana passada e 7,31% quatro semanas atrás. O Banco Central já vem informando que vai focar não mais 2016, mas em 2017 a tarefa de levar a inflação para o centro da meta. No caso do ano que vem, a mediana caiu de 5,93% para 5,80%. Há quatro semanas estava em 6,00%.

A mediana das previsões para o IPCA de 2016 no Relatório de Mercado Focus caiu 0,59 ponto porcentual entre a véspera da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 2 de março, e hoje. O próximo encontro do colegiado está previsto para ocorrer entre amanhã e quarta-feira, dia em que será anunciada a decisão sobre a Selic. As estimativas do grupo Top 5 despencaram mais de 1 ponto porcentual nesse mesmo período.

Desde julho do ano passado, a taxa básica de juros Selic está em 14,25% ao ano. Desde novembro, o Copom continuou a votar pela manutenção da taxa, mas com dissenso. Dois de seus oito membros gostariam de ter visto elevação dos juros básicos da economia desde a ocasião. Um dos principais argumentos é justamente a expectativa dos analistas de mercado para a inflação ainda elevada. Pelo último Relatório Trimestral de Inflação, a estimativa do BC para o IPCA deste ano é de uma alta de 6,6% pelo cenário de referência e de 6,9% pelo de mercado.

No Top 5 de 2016, o ponto central da pesquisa ficou em 7,05%, contra 7,06% da última semana. Há quatro semanas, essa mediana estava em 7,18%. Para 2017, o grupo dos analistas que costumam acertar mais as estimativas revisou a perspectiva para o IPCA de 6,20% na última semana para 6,00%. Há quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,20%.

Selic

O mercado financeiro revisou as expectativas para a taxa básica de juros da economia para este ano. O Relatório de Mercado Focus projeta que a taxa básica de juros encerrará 2016 em 13,25% ao ano. Na semana passada, a estimativa estava em 13,38%. Há quatro semanas, ficou em 14,25%.

Na última reunião do Copom, o colegiado manteve a Selic inalterada, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). O foco do Banco Central para a meta de inflação é o ano de 2017. Para o ano que vem, o mercado espera que a taxa Selic termine o ano em 12,00% ao ano, ante taxa de 12,25% apontada na última semana – há quatro documentos estava em 12,50%.

Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 ficou mantida em 13,38%. Um mês atrás, a mediana das projeções estava em 14,25%. Já para 2017, a previsão é que a taxa encerre o ano em 12,25%, mesmo valor do último documento – há quatro semanas estava em 12,00%.

Crescimento econômico

Os analistas do mercado também revisaram mais uma vez suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 para baixo. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a perspectiva de retração da atividade do ano que vem passou de 3,80% para 3,88%. Há um mês, a mediana das projeções estava em -3,66%.

No Relatório Trimestral de Inflação divulgado em março, o BC revisou de -1,9% para -3,5% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

Para 2017, a previsão de crescimento do PIB teve uma leve melhora, de 0,20% para 0,30% – um mês antes, a expectativa era de alta de 0,35%.

Já a mediana das expectativas para a produção industrial de 2016 ficou mantida em -5,80% – um mês antes estava em -4,40%. Para 2017, passou de um crescimento de 0,69% para 0,54%. Há quatro semanas, estava em 0,85%.

No caso da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 2016, a projeção dos analistas passou de 41,40% para 41,80% – quatro edições antes estava em 41,10%. Para 2017, a taxa passou de 46,35% para 46,39% – um mês antes estava em 45,90%.