A médica alagoana Nise da Silveira (1905-1999) revolucionou a psiquiatria na década de 1940, no Rio de Janeiro, ao criar um ateliê de arte para os pacientes com esquizofrenia e outras doenças mentais. O filme “Nise – O Coração da Loucura”, em cartaz em todo o País, resgata a importância do trabalho da médica pioneira que mudou para sempre o olhar da sociedade para a criação artística de doentes psiquiátricos. “Nise era a única mulher num campo dominado pelos homens, ela era ridicularizada pelos colegas do sexo masculino”, diz Roberto Berliner, o diretor do filme, que escolheu Glória Pires para conjugar a sensibilidade e a rebeldia que marcam a biografia da mais importante discípula brasileira de Carl Jung. “Os obstáculos só incentivaram Nise a seguir com seu projeto e romper com a psiquiatria convencional, contribuindo para o avanço do setor”, completou ele.

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