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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta sexta-feira (5) que detectou indícios do Zika vírus na saliva e na urina de pacientes infectados, com potencial para transmissão de pessoa para pessoa.

Segundo a Fundação – vinculada ao Ministério da Saúde – a descoberta torna necessário investigar mais profundamente essas "vias alternativas" de transmissão viral. Até hoje, sabia-se que o Zika poderia ser transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Também há indícios que a doença possa ser transmitida sexualmente.

"O Zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção, na urina e na saliva", afirmou Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz.

Os cientistas afirmaram que as amostras de saliva foram postas em contato com células que verificam atividade viral de Zika, dengue e febre amarela. O experimento mostrou que essas células foram destruídas após o contato. "Isso comprova a atividade viral", informa a pesquisa.

Embora seja assintomático na maioria dos casos, é possível que o Zika tenha efeitos sobre a formação de bebês, no caso de pacientes grávidas. Até o início da semana, foram notificados 3.670 casos de microcefalia em todo o Brasil.

Também existem indícios de que o Zika possa servir de "gatilho" para a síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que causa dor e paralisia severa, entre outros sintomas graves.