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A 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) – a COP-21 – foi aberta oficialmente aberta na manhã desta segunda-feira, 30, em Paris, com a transmissão da presidência do evento do Peru, onde foi realizada a última, para a França.

O ministro do Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar Vidal, lembrou os atentados terroristas contra a França em 13 de novembro, mas pediu para que a preocupação com o problema não afete as negociações. "Podemos lutar contra as mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, contra o terrorismo", disse.

Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França, assumiu a presidência da COP-21 pedindo urgência. "Nós temos apenas onze dias pela frente, mas temos a obrigação do sucesso. Ele não está garantido, mas está ao nosso alcance", disse. "Os olhos do mundo estão voltamos para nós, há muita esperança, e cabe a nós todos estar à altura de poder dizer ao mundo, ao final de tudo, que a missão foi cumprida."

A secretária-executiva da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC, na sigla em inglês), que organiza a cúpula, também lembrou os ataques terroristas e abriu sua apresentação dizendo que compartilhava o luto. "Estamos ao lado de Paris."

Ela afirmou também que a o apelido de "cidade-luz" de Paris ganhou um novo sentido após os atentados: de esperança e de liderar o caminho da humanidade.

"Em face às adversidades e ameaças, em Paris o mundo vira um só, onde ficamos solidários uns com os outros. Neste ano que passou houve o momento da virada, em que adotamos uma direção irreversível de ações ousadas. É marcante, mas a tarefa ainda não está concluída. Cabe a nós capturar esse progresso. O mundo está olhando para vocês e contando com vocês."