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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recusou-se a comentar a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ao chegar à Casa, pouco antes das 10h15 desta quarta-feira, 25. Ao contrário da maioria dos dias, nesta manhã Cunha entrou na Câmara pelo cafezinho que fica dentro do plenário Ulysses Guimarães. Ao chegar, encontrou os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Adelmo Leão (PP-MG) e Fernando Bezerra Filho (PSB-PE). Conversou por alguns minutos com os três e assumiu a presidência de uma sessão solene em homenagem ao centenário da Assembleia de Deus de Roraima.

Abordado duas vezes pela reportagem, disse que só daria entrevistas "mais tarde". "(O dia é) atípico, mas ainda não tenho conhecimento de detalhes para poder falar", disse Cunha antes de entrar em seu gabinete. Delcídio é o primeiro senador a ser preso no exercício do mandato.

Até às 10h38, a agenda do presidente da Câmara ainda não havia sido divulgada. Eduardo Cunha também é alvo da Operação Lava Jato e defendia a tese de que havia investigação seletiva, pois ele seria o alvo prioritário por rivalizar com o governo, enquanto petistas estavam sendo poupados.O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal a deflagrar uma operação nesta quarta-feira que levou à prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, investigado pela Operação Lava Jato. O parlamentar teria sido flagrado na tentativa de prejudicar as investigações contra ele, em uma tentativa de destruir provas contra.

Também foram presos o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador petista, e o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, que defende o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, preso na Lava Jato desde o ano passado.