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Para um grupo cada vez maior de empresários, o lucro a qualquer preço, indiferente aos impactos negativos que a busca pelo sucesso monetário possa acarretar, não é mais o que move suas companhias. No novo capitalismo do século 21, só faz a diferença quem busca objetivos que transcendem o aspecto meramente financeiro. Para esse novo grupo de empreendedores, lucrar é bom, mas não é tudo. Uma empresa sintonizada com os novos tempos precisa respeitar e preservar o meio ambiente, promover a felicidade dos empregados, ser transparente nas ações e adotar modelos de negócios que gerem impactos positivos para toda a sociedade. Só assim será possível sobreviver em um mundo cada vez mais competitivo.

Atenta a essa transformação, ISTOÉ criou o prêmio “As Empresas Mais Conscientes do Brasil”, que identifica e reconhece as corporações que impulsionam o surgimento de uma nova economia. A segunda edição do prêmio traz algumas mudanças em sua metodologia. Desta vez, a avaliação teve quatro etapas, duas delas com a participação do Conselho Consultivo, formado por especialistas das organizações de referência e parcÂncoraeiras da premiação.

Etapa 1: questionário de inscrição
A porta de entrada para o Prêmio foi novamente o questionário desenvolvido pela organização não-governamental norte-americana B Lab, que analisa e certifica as empresas que possuem um modelo de negócios capaz de gerar impacto socioambiental positivo. Operada no Brasil pelo Sistema B, a metodologia permitiu que se utilizasse, desta vez, uma versão reduzida, chamadade QuickImpactAssessment (QIA), com cerca de 30 questões, facilitando o acesso das empresas. Nesse levantamento inicial, os inscritos fornecem informações sobre cinco dimensões do negócio: Governança / Modelo de negócios / Relações com os funcionários / Relações com a comunidade / Meio ambiente.

Para buscar maior rigor na avaliação das grandes empresas, foi acrescida nesta etapa uma análise de seus relatórios de sustentabilidade, informações públicas e oficiais, sobre os critérios de transparência, confiabilidade e assertividade. De acordo com seu desempenho nesses critérios, as grandes empresas poderiam ganhar uma pontuação-extra, dada por um fator de multiplicação de até 16% de sua pontuação acumulada no QIA.

Etapa 2: definição dos finalistas
A pontuação obtida pelas empresas na etapa de inscrição foi analisada e referendada pelo Conselho Consultivo do Prêmio, composto pelos seguintes especialistas:

Luiz Fernando Sá – Diretor de Mídias Digitais e Projetos da Editora Três
Tania Kulb – Conselheira do Instituto Capitalismo Consciente
Álvaro Almeida – Diretor da Report Sustentabilidade
Alexandre Mac Dowell – Presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps)
Fernando Malta – Consultor de Relações Institucionais do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)
Alexandre Teixeira – Jornalista e autor (“Felicidade S.A.” e “De dentro pra fora”)
Rafael Vergueiro – Instituto Ayrton Senna
​Silvia Sá – Instituto Akatu.

O Conselho também definiu os critérios de avaliação da etapa seguinte, bem como ajustou as categorias de premiação, que ficaram definidas em:

Melhor Pontuação Geral: Grandes, Médias, Pequenas e Startups
Melhor Empresa em cada dimensão (Governança, Meio Ambiente, Comunidade e Trabalhadores): Grandes; Médias e Pequenas.

O Conselho entendeu que, pelo estágio ainda inicial de desenvolvimento, as empresas Startups deveriam ser analisadas de maneira única, sem serem consideradas práticas isoladas nas quatro dimensões utilizadas para os concorrentes das demais categorias. Os finalistas foram divulgadas no dia 25/8, durante a conferência internacionalSustainableBrands Rio 2015.

Etapa 3: a defesa do modelo de negócios
Nesta fase, as empresas finalistas foram convidadas a justificar em um texto de 2.500 caracteres o seu modelo de negócios, de modo a deixar claro como geram impacto positivo à luz de sua missão. Foram definidos três grandes critérios de avaliação: liderança e protagonismo; impacto; e mensuração.

Etapa 4: a hora dos vencedores
Integrantes do Conselho Consultivo analisaram as respostas das empresas pontuando-as nos três critérios. Definiu-se, assim, os vencedores, e a colocação de cada empresa em cada categoria – com base no consenso dos especialistas sobre o desempenho de cada finalista. 

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Conheça a seguir as histórias de sucesso das empresas vencedoras

GRANDES EMPRESAS

A empresa mais consciente do Brasil
Grande campeão de 2015, a NATURA leva os troféus de ranking geral, governança meio ambiente e comunidade

Cartão de visita
A CIELO investe no pensamento crítico e no engajamento de seus funcionários

MÉDIAS EMPRESAS

Sustentável doçura
A KIVIKS MARKNAD, produtora das geleias Queensberry, mantém a qualidade na produção de produtos naturais, estimulando as ações coletivas

Um oásis no cerrado
O RIO QUENTE RESORTS é experiência única para clientes e funcionários

Aluno cidadão
UNINORTE: a ordem é formar cidadãos conscientes

PEQUENAS EMPRESAS

Eco habitações
Condomínio da ABRAMAR baseado no conceito de urbanismo social neutraliza CO2 e economizar energia

Entretenimento que transforma
Desde 2008, a produtora MARIA FARINHA FILMES cria roteiros com temas inspiradores para impactar a sociedade

Foco no microempreendedor
Na contramão das empresas que oferece serviços financeiros, a AVANTE aposta no pequeno empresário e concede R$ 2,5 milhões em microcréditos por ano

Inclusão social e ambiental
A YOUGREEN já recolheu 200 toneladas de materiais recicláveis e abre espaço para quem está forma do mercado se tornar um cooperado

STARTUPS

Fim dos conflitos
Por meio da mediação e da arbitragem, a CLAMARB torna a Justiça mais acessível, ajuda a desafogar os tribunais brasileiros e dá oportunidade de carreira