Uma imagem que circula pela internet mostra uma centena de pessoas, numa estação de metrô, entretida na tela brilhante de seus smartphones. O curioso é que, há cerca de 60 anos, uma foto parecida mostrava uma multidão com seus jornais em mãos. A evolução da telefonia abriu um universo de possibilidades, do entretenimento à comunicação num ritmo alucinante. Há uma década, os telefones celulares, conhecidos como tijolões, serviam apenas para o usuário fazer ligações e deixar recados de voz na caixa postal. Hoje os aparelhos inteligentes conseguem transmitir, via internet, grandes volumes de dados em alta velocidade. No Brasil – como no mundo –, os smartphones dominam a telefonia móvel: são 54 milhões de aparelhos, ou 71,6% do total do mercado nacional. Mas, de nada adianta os celulares possuírem a tecnologia mais avançada se os usuários não têm acesso a uma infraestrutura de rede com qualidade de sinal.

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No alto da cidade: retransmissores instalados nos postes de
iluminação podem garantir a qualidade do sinal em áreas
de grande concentração de pessoas

A Vivo, líder de mercado com 29,6% de participação, vem trabalhando intensamente para diminuir esse gargalo. Com cobertura em 3.757 municípios e 91,2% da população, a empresa de telefonia móvel do grupo espanhol Telefônica investiu, apenas no segundo trimestre deste ano, R$ 2,1 bilhões para ampliar a cobertura e melhorar a qualidade de serviços e de atendimento – a projeção é de que o total de investimentos chegue a R$ 8,4 bilhões, em 2015. Os recursos foram aplicados na expansão da rede 4G e no aumento da capacidade da 3G. Uma das principais apostas da operadora é a instalação de antenas nos postes de iluminação. Um retransmissor fica posicionado perto da lâmpada, o que permite atender uma área com alta concentração de pessoas e com pouco espaço para instalar uma antena convencional. O restante do equipamento, que leva o sinal para o usuário, fica enterrado sob o poste. “Sem a infraestrutura, não é possível acessar a informação e é por isso que ela é um objeto transformador da sociedade”, afirma Christian Gebara, vice-presidente executivo de vendas e marketing da Telefônica Vivo. “Não existe ferramenta mais poderosa e eficiente do que a internet para que se tenha acesso fácil e rápido a quaisquer conteúdos veiculados.”

No ano passado, a empresa investiu R$ 1,9 bilhão na aquisição de um dos lotes da frequência de 700 Megahertz (MHz), que permite alta penetração de sinal, para expansão das redes 4G até 2020 – a de 2.500 MHz, a mais adotada atualmente para redes de quarta geração, dificulta a entrada em pequenas cidades por se tratar de uma frequência alta, com baixa penetração de sinal, o que exige um amplo número de antenas para garantir uma boa cobertura. “A previsão é ter 6.700 estações 4G ativas, até o final deste ano”, diz Gebara. “Hoje, temos 5.800 estações 4G em funcionamento e mais de 16.300 sites 3G.” Em outubro, mais nove municípios do País receberam o 4G da Vivo, totalizando 161 cidades.

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Por mais acesso: ‘Sem a infraestrutura, não é possível acessar a informação e é
por isso que ela é um objeto transformador da sociedade’, diz Christian
Gebara, vice-presidente executivo da Telefônica Vivo

Apesar dos altos investimentos de empresas privadas como a Vivo, há entraves para a disseminação do 4G no País. A instalação de antenas é o principal problema para a ampliação da infraestrutura.“ Esse processo deverá ser agilizado com a aprovação da nova Lei de Antenas e seus impactos nas diversas legislações”, diz o executivo. Por isso, a cobertura 4G ainda tem muito terreno para se expandir no País. De acordo com o relatório da OpenSignal, empresa inglesa especializada em redes sem fio, com mais de 824 mil torres e 825 operadoras de telefonia monitoradas em todo o mundo, o Brasil ocupa a 50ª posição entre 68 países com cobertura da rede 4G. O estudo mostrou que os usuários de smartphones no País só conseguem ter acesso à rede em 50% do tempo – contra 97% na Coreia do Sul, que lidera o ranking global de cobertura. A velocidade média de conexão e transmissão de dados de 16 megabit por segundo (Mbps) é relativamente alta quando comparada à de outros países, mas se deve ao ainda reduzido número de usuários com acesso à rede.

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A Vivo lidera o mercado de quarta geração com participação de 38,9%, segundo a Anatel. Além de ter o 4G como a sua principal aposta, a operadora não deixou de se preocupar com a qualidade da rede 3G. É com essa infraestrutura que a Vivo desenvolve projetos em comunidades carentes. O “Escolas Rurais Conectadas” levou a conexão 3G a 6.773 instituições situadas no campo. Outra inovação transformou o município paulista de Águas de São Pedro na primeira “Cidade Inteligente” do País. Por iniciativas como essas, a operadora foi incluída, pelo terceiro ano consecutivo, na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa e é signatária, desde 2010, do Pacto Global da ONU. “Atuamos por meio de projetos que reduzem os impactos sociais, ambientais e econômicos de nossas operações”, diz Gebara. “Nossos serviços e produtos devem garantir qualidade de vida com educação, segurança, mobilidade, saúde e bem-estar.”

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