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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou nota na manhã desta sexta-feira, 9, em que reitera desconhecer fatos envolvendo investigações sobre contas secretas na Suíça das quais seria beneficiário e critica o que chama de "vazamento seletivo" de informações da Operação Lava Jato. "Refutamos a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco da investigação", diz o texto distribuído nesta manhã pelo gabinete da presidência da Casa.

O conteúdo da mensagem é o mesmo de nota divulgada na semana passada. Cunha tem evitado comentar as denúncias de que ele e sua família teriam contas em bancos suíços, alegando que não mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, e diz que, assim que for notificado oficialmente, seus advogados se pronunciarão sobre o assunto.

Na quinta-feira, o site do jornal O Globo revelou que registros de contas na Suíça atribuídas a Cunha têm o endereço na Barra da Tijuca, no Rio, onde o presidente da Câmara mora. Duas das quatro contas no Julius Baer foram fechadas em abril de 2014, um mês após a Operação Lava Jato ser deflagrada.

Assim como na nota da última semana, a assessoria da Câmara incluiu novamente trecho de texto divulgado em 20 de agosto no qual ataca o fato de não haver "nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado". O texto afirma que os escândalos na Petrobrás foram "patrocinados" pelo partido e seu governo.

"Diante desses fatos, causa muita estranheza a divulgação seletiva de notícias visando unicamente constranger o presidente da Câmara, em contrapartida ao silêncio sobre fatos graves que não foram objeto de divulgação alguma", diz a nota desta manhã. A assessoria da Câmara diz que Cunha segue "absolutamente tranquilo e confiante" na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF).