A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro caiu 19,5% em setembro na comparação com agosto e recuou 42,1% ante o mesmo mês do ano passado, divulgou nesta terça-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No nono mês do ano, foram produzidos 174.240 veículos no País. Com o resultado, a produção acumula queda de 20,1% no ano.

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As vendas de veículos novos também caíram 

As vendas de veículos novos, por sua vez, caíram 3,5% em setembro na comparação com agosto e 32,5% ante o mesmo mês do ano passado. Foram emplacadas 200.077 unidades em todo o País no mês de setembro. Com o resultado, os licenciamentos acumulam queda de 22,7% no período de janeiro a setembro ante igual período de 2014.

As vendas de caminhões seguem como destaque negativo. Em setembro, houve ligeira alta de 2% na comparação com agosto, mas recuo de 47,1% ante setembro de 2014. Com o resultado, os emplacamentos de pesados acumulam queda de 43,9% no ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, informou que o setor conta hoje com 7,2 mil funcionários em condição de lay-off e outros 33 mil cadastrados no Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

"O PPE é uma medida para ajudar as empresas a passarem por um período de transição difícil, e é muito adotado em países como a Alemanha", disse Moan, acrescentando que espera uma retomada do crescimento das vendas "em algum momento do ano que vem".
A indústria automobilística eliminou 742 vagas em setembro. Após as recentes demissões, o setor encerrou o nono mês do ano com 133.609 empregados, queda de 0,6% na comparação com agosto e recuo de 9,6% ante o mesmo mês do ano passado. Com o resultado, a indústria automotiva já demitiu 10,9 mil empregados em 2015.

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Moan disse ainda que, se o governo adotar uma alta de 1,0 ponto porcentual na alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o setor automotivo deverá reagir com uma queda de 3% nas vendas. Caso haja uma redução de 1 ponto porcentual na alíquota, continuou Moan, as vendas apresentariam um avanço de 2,5% nas vendas. 

Ele defendeu que as reduções de impostos ao setor não devem ser encaradas como um incentivo fiscal, pois todas as diminuições de tributos são repassadas ao consumidor final, que compra um produto mais barato 


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