A crise econômica trouxe de volta o bom e velho hábito de pensar duas vezes antes de se exceder nos gastos. Nesse cenário, um mercado que está ganhando força é o de compra e venda de produtos usados pela internet. Neles, anunciantes ofertam roupas, acessórios, eletrônicos e carros para gerar uma renda extra no fim do mês. Uma das maiores empresas do setor, a OLX teve um crescimento de 37% no número de anúncios de março até agosto desse ano. “Do lado do comprador, muitas pessoas veem uma oportunidade de encontrar produtos seminovos mais em conta”, diz Marcos Leite, diretor comercial da OLX no Brasil. “Do lado do vendedor, muitos itens que estão parados em casa migram para esse mercado.” O assessor de relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Alexandre Frigédio, alerta que o comprador deve verificar a procedência do bem e, quando se trata de produtos mais valiosos, pedir a nota fiscal. Reclamações em relação ao descumprimento do prazo para entrega do produto também são comuns. “Muito embora a maioria dos sites que fazem a intermediação das vendas neguem, eles são responsáveis e podem ser penalizadoas em caso de prejuízos ao consumidor”, diz o especialista. 

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