No momento em que o Brasil atravessa uma crise que, além de política e econômica, é de credibilidade com a classe política, a festa realizada por ISTOÉ na noite da quinta-feira 17 para homenagear os municípios que mais se destacaram no ranking As Melhores Cidades do Brasil pode ser vista como um espetacular sinal de esperança. O levantamento elaborado pela Austin Rating com base nos dados oficiais encaminhados por 5.565 prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional revela que em milhares de cidades brasileiras, independente do tamanho e do poder econômico que tenham, o executivo municipal tem conseguido influir de forma positiva na vida dos cidadãos.

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CAMPEÃ
Caco Alzugaray (à esq.), presidente-executivo da Editora Três,
homenageia o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet

São centenas de experiências que podem ser compartilhadas e replicadas. E é a soma dessas virtudes que constrói um País melhor. “Aqui, através destes vencedores, podemos ver os avanços sociais e econômicos do povo brasileiro”, afirmou o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, no evento que reuniu centenas de prefeitos. O presidente-executivo da Editora Três, Caco Azulgaray, destacou a importância de um estudo tão aprofundado. “Em um momento econômico e político tão delicado como o que vivemos, assumimos o papel da vigilância da democracia e da gestão pública”, disse.

Entre os municípios de grande porte, como mais de 200 mil habitantes, Curitiba, a capital do Paraná, foi classificado como o melhor do Brasil. A cidade, que desde a década de 1970 exporta para diversas metrópoles um modelo super eficiente de transporte público, tem conseguido baratear obras de Metrô por meio de uma vigilante gestão do prefeito Gustavo Fruet (PDT) e se destaca por diversos indicadores. “Curitiba é referencia em muitas áreas, principalmente no seu planejamento urbano”, disse Fruet. “Mas cada vez mais nós queremos que Curitiba se torne referencia, e daí a importância desse prêmio em áreas como educação, saúde, inclusão social e tecnologia”, disse ele.

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QUALIDADE
Os prefeitos Zelinho (à esq.), de Congonhas, e Bellini (à dir.),de Itajai, recebem
o prêmio de Carlos Marques, diretor editorial da Editora Três

Das cidades de médio porte, aquelas que tem entre 50 mil e 200 mil habitantes, o ranking destaca a cidade de Itajaí, em Santa Catarina. Nos últimos vinte anos, o município teve em seu porto um dos principais fatores de crescimento. O prefeito Jandir Bellini (PP), no entanto, costuma dizer que nada adiantaria o porto caso não houvesse um rigoroso controle dos gastos públicos e uma vibrante participação da iniciativa privada nas questões da cidade. “Uma premiação desta grandeza é um estimulo para que a gente continue trabalhando cada vez mais”, comemorou o prefeito. No mesmo tom o prefeito de Congonhas (MG), Zelinho (PSDB), vencedora entre os municípios com até 50 mil habitantes, destacou o impacto que o reconhecimento trará para o município. “Congonhas é uma cidade que é patrimônio cultural pelas obras de Aleijadinho que abrigamos, e essa premiação reconhece a excelência de nossa gente”, afirmou.

Márcio França, vice-governador de São Paulo, representando o governador Geraldo Alckmin, aproveitou o encontro com prefeitos, autoridades estaduais e federais para cobrar de Brasília uma maior participação dos municípios nos tributos pagos pelos contribuintes. Segundo França, “a falta de recursos e uma demanda de serviços cada vez maior transforma a missão do prefeito em atividade de risco”. O ranking As Melhores Cidades do Brasil foi feito com base em mais de 500 indicadores, que foram agrupados em quatro pilares principais: Fiscal, Econômico, Social e Digital.  

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"Através desse ranking podemos ver o avanço do povo brasileiro"
Gilberto Kassab, ministro das Cidades