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Israel expressou de maneira firme sua oposição ao projeto de resolução que permite que seja hasteada a bandeira palestina na sede das Nações Unidas, antes da reunião anual de líderes mundiais que será realizada este mês.

O embaixador de Israel, Ron Prosor, pediu ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e Sam Kutesa, presidente da Assembleia Geral, para bloquear a iniciativa que vai de encontro às práticas da ONU de hastear apenas as bandeiras dos Estados membros.

Prosor disse, em carta aos líderes da ONU, que a proposta palestina "afeta diretamente a integridade da instituição", e denunciou que este "não é o caminho para a categoria de Estado, não é o caminho para a paz".

O projeto de resolução palestino apresentado na semana passada à Assembleia Geral pretende que sejam hasteadas na sede da ONU as bandeiras dos Estados observadores (Estado da Palestina e Vaticano) ao lado dos Estados-membros.

O texto, apoiado por uma dúzia de países árabes, incluindo Arábia Saudita, Marrocos, Argélia, Egito e Jordânia, assim como Venezuela e Senegal, tem chances de ser aprovado antes de meados de setembro.

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Os palestinos conquistaram o status de Estado observador não-membro da ONU em 29 de novembro de 2012. E há meses conduz uma campanha pelo reconhecimento do Estado palestino.

Em um comunicado divulgado no final de agosto, a Santa Sé tentou desvincular-se da iniciativa palestina, que poderia irritar ainda mais Israel.

Israel já havia expressado sua insatisfação após o Vaticano reconhecer em junho o "Estado da Palestina" por meio da assinatura de um primeiro acordo bilateral com a Autoridade Palestiniana.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vão participar da sessão anual da Assembleia Geral no final de setembro em Nova York. Nesta ocasião, o papa Francisco discursará pela primeira vez à Assembleia.


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