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Depois de se recusar a responder na manhã desta segunda-feira, 31, as perguntas dos membros da CPI da Petrobras, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o primeiro a depor, foi dispensado. Os parlamentares da CPI estão esta semana em Curitiba para colher depoimento de 13 pessoas detidas no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na estatal petrolífera.

"Seguindo orientação de meus advogados, vou permanecer em silêncio", foi a resposta padrão de Dirceu, que estava ao lado de seu advogado, Roberto Podval.

Em razão da recusa do ex-ministro em responder aos questionamentos, o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), chegou a oferecer a Dirceu a oportunidade de depor em reunião secreta, mas ele também recusou.

De acordo com a Agência Câmara, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) fez uma defesa dos governos Lula e Dilma na gestão da Petrobras e protestou contra o fato de Dirceu, preso há mais de dez dias, não ter sido ouvido ainda pela Polícia Federal em relação às acusações que pesam sobre ele.

"A Petrobras foi revigorada pelo presidente Lula e pela presidente Dilma. Estamos combatendo a corrupção. Venho aqui dizer que a pessoa que está em investigação e tem o direito constitucional de ficar calada não foi até agora sequer ouvida ainda pela polícia", disse a parlamentar petista.