dilma-obama_afp_483x303.jpg

O Brasil prometeu nesta terça-feira, 30, em Washington restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030 e adotar políticas para eliminar o desmatamento ilegal. As medidas integram declaração sobre mudança climática fechada com os Estados Unidos e anunciada nesta terça-feira, 30, pelos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama. Os dois países se comprometerem a elevar a 20% a participação de fontes renováveis em sua matriz energética – sem considerar hidrelétricas.

Apesar de ambicioso, o documento não traz metas específicas de redução de emissões por parte do Brasil, algo que os americanos gostariam de ver. Mas as iniciativas terão o efeito de diminuir o impactos das emissões, na medida em que elevam a captura de carbono na atmosfera.

"Os presidentes reiteraram o chamado por um resultado exitoso na Conferência de Paris sobre Mudança do Clima, no fim do ano", disse a declaração. A reunião definirá os novos compromissos globais com o objetivo de evitar que a temperatura do planeta suba mais do que 2ºC.

O combate à mudança climática é uma prioridade para Obama, que pretende deixar um legado nessa área quando sair da Casa Branca, em 2017. No ano passado, Estados Unidos e China fecharam acordo no qual apresentaram metas concretas de redução de emissões. Na declaração de ontem, o Brasil se comprometeu a adotar reduções ambiciosas, mas não especificou números. O governo Dilma pretende apresentar seus compromissos no âmbito da negociação da Conferência de Paris, que tem um caráter multilateral.

O porcentual de energias renováveis na matriz energética americana está em 12,9%. O Brasil possui atualmente 7,1 milhões de florestas plantadas.