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Um ataque a um hotel no balneário tunisiano de Sousse, a cerca de 150 quilômetros da capital, matou pelo menos 28 pessoas, incluindo estrangeiros, afirmou um porta-voz do Ministério do Interior nesta sexta-feira, 26.

Mais cedo, nesta sexta, pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas em um atentado terrorista na cidade de Saint-Quentin Fallavier, a 525 quilômetros a sudeste de Paris. Já no Kuwait, uma explosão em uma mesquita xiita deixou dezenas de mortos. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Segundo Mohammed Ali Aroui, a maior parte das vítimas na Tunísia era turista. O porta-voz não disse, porém, quais seriam suas nacionalidades. Rádios locais dizem que entre os mortos em Sousse estão, principalmente, turistas alemães e britânicos.

Os detalhes do ataque, que uma fonte de segurança no local e as rádios relataram ter sido no hotel Imperial Marhaba, ainda estão sendo apurados. "Tiros disparados diante um hotel resultou num certo número de vítimas", afirmou uma emissora estatal, sem dizer a quantidade de vítimas.

O corpo de um dos atiradores está na cena do ataque com um fuzil de assalto AK-47, após ter sido baleado durante troca de tiros com a polícia, disse a fonte.

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Sousse é um dos balneários turísticos mais populares da Tunísia, atraindo visitantes da Europa e de países vizinhos do norte africano.

A Tunísia está em alerta desde março, quando atiradores militantes islâmicos atacaram o Museu Nacional do Bardo, em Túnis, matando um grupo de turistas estrangeiros em um dos piores ataques em um década no país.

"Não devemos ceder ao medo", diz Hollande após morte em atentado na França

O presidente de França, François Hollande, disse hoje (26) que é preciso não ceder ao medo, após um atentado que classificou como terrorista em uma fábrica perto de Lyon. Ele afirmou que o momento é de prevenir novas ações terroristas.

Hollande interrompeu a reunião de líderes europeus da qual participa, em Bruxelas, para fazer a declaração e anunciou que voltará em seguida para a França, onde deverá ter uma reunião emergencial de crise. "Nunca devemos ceder ao medo", disse o presidente da República francesa.

Mais cedo, um homem envergando uma bandeira islâmica atacou hoje uma instalação industrial de gás perto de Lyon, fazendo pelo menos um morto e vários feridos.

Segundo uma fonte judicial citada pela France Presse, o homem teria entrado em uma fábrica, em Saint-Quentin-Fallavier e detonado vários pequenos engenhos explosivos.

De acordo com o presidente Hollande, o autor do crime já teria sido identificado. Próximo à fábrica foi encontrado um corpo decapitado e a cabeça continha inscrições. O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve está a caminho do local do atentado.

Estado Islâmico ataca mesquita xiita e deixa 25 mortos no Kuwait

Ao menos 25 pessoas morreram nesta sexta-feira em um atentado reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) contra uma mesquita xiita no Kuwait.

O grupo ultrarradical sunita reivindicou o ataque, realizado durante a grande oração de sexta-feira na mesquita Al Imam al Sadeq, na Cidade do Kuwait, na segunda sexta-feira do mês de jejum sagrado do Ramadã.


Em um comunicado, a "Província de Najd", que se manifestou recentemente como a facção saudita do EI, afirma que um camicase, Abu Suleiman al Muwahhid, realizou o atentado contra uma mesquita "que promovia o ensinamento xiita entre a população sunita".

Segundo o ministério do Interior do país, além dos 25 mortos, 202 pessoas ficaram feridas no ataque.

A "Província de Najd" reivindicou em maio dois atentados contra xiitas na Arábia Saudita.

Estado Islâmico mata 120 civis na cidade síria de Kobani

Ao menos 120 civis morreram pelas mãos do grupo Estado Islâmico (EI) desde que na quinta-feira os jihadistas lançaram um ataque contra a localidade curda de Kobani, ao norte da Síria, informou nesta sexta-feira uma ONG, que denunciou um massacre.

A tensão seguia reinando nesta sexta-feira em Kobani, situada perto da fronteira com a Turquia, já que os jihadistas haviam se entrincheirado em edifícios e utilizavam civis como escudos humanos, indicaram militantes e o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Teriam ao menos 70 civis tomados como reféns", disse Mostafa Ali, jornalista local originário de Kobani e que se encontra nos arredores da cidade. Os combatentes curdos "cercam os imóveis, mas não se atrevem a disparar para não colocar em risco a vida dos civis", afirmou.

O grupo EI havia lançado na quinta-feira um ataque surpresa com três atentados suicidas em Kobani, de onde havia sido expulso em janeiro, o que constituiu seu primeiro revés desde o início de sua expansão na Síria.

Este ataque surpresa é, segundo os analistas, uma vingança e uma operação "de diversão" por parte dos jihadistas, que sofreram uma série de derrotas nos últimos dias pelas mãos das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) no norte da Síria.

"Segundo fontes médicas e habitantes de Kobani, 120 civis foram executados pelo EI em seus lares ou morreram por ataques de foguetes e de franco-atiradores", disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, que acusou o grupo jihadista de ter lançado um de seus piores massacres na Síria.

A este balanço se somam 26 civis executados na quinta-feira em um povoado perto de Kobani, segundo o OSDH, que dispõe de uma ampla rede de informantes na Síria.


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