Cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, anunciaram na última semana a restauração da cor da pele em uma paciente com vitiligo – doença caracterizada pelo surgimento de manchas brancas na pele – a partir do uso de um remédio utilizado contra artrite reumatóide. É a primeira vez que um medicamento mostra-se eficaz contra a enfermidade, responsável, muitas vezes, por um efeito psicológico devastador. “Isto pode revolucionar o tratamento desta terrível doença”, disse à ISTOÉ o dermatologista Brett King, coordenador da experiência.

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As manchas brancas sumiram após cinco meses de uso do remédio

O medicamento testado é o tofacitinibe (princípio ativo) e faz parte da classe de medicações chamada de inibidores da janus kinase (uma família de enzimas). No ano passado, a mesma equipe de Yale anunciou que o remédio tinha sido eficiente contra a perda de cabelo causada pela doença alopecia areata.

A paciente com vitiligo, uma mulher de 53 anos, apresentava manchas brancas na face, mãos e em vários outros pontos do corpo. Com dois meses de tratamento, houve a pigmentação parcial das àreas atingidas em seu rosto, braços e mãos – regiões nas quais as manchas mais a incomodavam. Depois de cinco meses, os pontos brancos na face e mãos praticamente desapareceram e apenas alguns poucos pontos podiam ser vistos espalhados pelo resto do corpo. E o remédio não causou qualquer efeito colateral.

As pesquisas irão continuar. Um dos objetivos é confirmar a eficácia e segurança do remédio em mais pacientes com vitiligo. Outra meta é esclarecer melhor de que maneira a droga funciona. “Sabemos que ela bloqueia a mensagem que perpetua a perda da cor nas células da pele”, explicou King.  

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