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Cuba foi retirada da lista do Departamento de Estado de países que promovem o terrorismo, afirmou nesta sexta-feira o porta-voz da chancelaria americana, Jeff Rathke, em uma nota oficial.

"O prazo de 45 dias de notificação ao Congresso expirou, e o Secretário de Estado tomou a decisão final de rescindir a designação de Cuba como Estado Patrocinador do Terrorismo, que se torna efetiva hoje, 29 de maio", expressou Rathke em sua nota.
 
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já havia manifestado apoio à retirada de Cuba da lista, um passo importante para o restabelecimento das relações bilaterais.
 
Em uma breve carta de apenas quatro parágrafos, Obama afirmou ao Congresso que poderia provar que "o governo de Cuba não proporcionou apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses".
 
Além disso, o presidente indicou na carta que "o governo de Cuba deu garantias de que não vai apoiar atos de terrorismo internacional no futuro."
 
O governo de Raúl Castro qualificou de "justa" a decisão de Obama de excluir a Ilha da lista de países promotores do terrorismo.
 
"O governo de Cuba reconhece a justa decisão tomada pelo presidente dos Estados Unidos de eliminar Havana de uma lista na qual jamais deveria ter entrado. Como o governo cubano reafirmou em múltiplas ocasiões, Cuba rejeita e condena todos os atos de terrorismo, em todas as suas formas e manifestações, assim como qualquer ação que tenha por objetivo alentar, apoiar, financiar ou encobrir atos terroristas".
 
A declaração recorda que a Ilha "foi vítima de centenas de atos terroristas", que custaram a vida de 3.478 pessoas e incapacitaram outros 2.099 cidadãos cubanos.
 
A inclusão de Cuba nesta relação de países previa uma série de sanções contra a ilha, tais como uma restrição a qualquer ajuda dos Estados Unidos, mesmo através de organismos internacionais, o comércio de armas e acesso aos mercados financeiros internacionais.