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O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, afirmou nesta sexta-feira (29), durante entrevista coletiva, que não tinha conhecimento de nenhum esquema de pagamentos de propina envolvendo membros de alto escalão da Fifa, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Del Nero, que também é suspeito de receber pagamentos irregulares, negou qualquer participação no escândalo de corrupção investigado pelo FBI (a polícia federal americana). "Não recebi nada, não sou conspirador", afirmou o presidente da CBF. O cartola disse, ainda, que não renunciará à chefia da confederação.
 
Marco Polo deixou a Suíça, onde participava do congresso da Fifa, nesta quinta-feira (28), em meio às consequências da ação da polícia que resultou na prisão de 7 membros da entidade máxima do futebol, entre eles Marin.
 
Segundo a investigação americana, Marin teria dividido o valor de propinas recebidas pela exploração comercial da Copa do Brasil com seu antecessor, Ricardo Teixeira, e com o atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.
 
De acordo com os investigadores, Marin pediu ao presidente da empresa de marketing esportivo Traffic, J. Hawilla, que a propina que vinha sendo dividida com Teixeira passasse a ser paga apenas a ele e a Del Nero. O esquema dentro da exploração comercial da Copa do Brasil existiria desde 1990.
 
Segundo a Justiça dos EUA, em ocasiões anteriores, Hawilla teria concordado em fazer a divisão da propina entre Marin e os chamados "coconspiradores 11 e 12", descritos na investigação como "altos executivos da CBF". Apenas Teixeira e Del Nero se encaixam no perfil.
 
Questionado sobre uma suposta "cultura de corrupção" dentro do futebol, Del Nero negou ter praticado qualquer tipo de ato ilícito. "Não existe cultura de corrupção no futebol. Vivi 11 anos na Federação Paulista de Futebol sem qualquer mácula".
 
O presidente da CBF também disse estar pronto a prestar qualquer esclarecimento necessário. 


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