A Receita Federal estima que pelo menos 500 mil contribuintes estão atrasados na entrega do Imposto de Renda cujo prazo venceu no dia 30 de abril – número bem pequeno no universo da população economicamente ativa, a mostrar que o brasileiro é bom pagador de tributos. Os motivos para o não cumprimento da data são os mesmos de sempre: o contribuinte perdeu parte da documentação necessária, estava em viagem ao exterior, ficou enfermo, desenvolve ansiedade doentia e não consegue em hipótese alguma lidar com assuntos burocráticos mesmo sabendo que isso vai prejudicá-lo (caso de procurar orientação psicoterapêutica) ou, delituosamente, quer burlar o Fisco. Seja qual for a causa, o melhor caminho é entregar a declaração, mesmo com atraso, o quanto antes – até porque o valor da multa é majorado a cada mês. “Além de ter de pagá-la, o cidadão que perdeu o prazo passa a ser fiscalizado pela Fazenda com maior rigor”, diz o advogado e economista Francisco Arrighi, diretor-presidente da Fradema Consultores Tributários. Quem não declara acaba caindo na malha fina, e pode ser acusado por crime de sonegação fiscal.

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