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O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, detalhou na tarde desta sexta-feira, 22, o corte de 70,8 bilhões no Orçamento deste ano. 

A maior parte do contingenciamento, de R$ 69,9 bilhões, ocorrerá no Executivo. O orçamento dos demais poderes terá uma redução perto de R$ 1 bilhão.

Apenas o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das marcas do governo do PT, sofrerá um corte orçamentário de R$ 25,7 bilhões. As emendas parlamentares, por sua vez, serão afetadas em R$ 25,7 bilhões.

Entre os ministérios, o maior corte ficou na pasta de Cidades (R$ 17,2 bilhões). Saúde, com R$ 11,8 bilhões, e Educação, com R$ 9,4 bilhões, vêm em seguida.

O governo está sendo obrigado a fazer um forte ajuste nas contas públicas para tentar manter a meta de superávit primário em R$ 66,3 bilhões, depois das flexibilizações que o Congresso tem feito nas medidas de ajuste fiscal.

Além do contingenciamento, o governo federal vem trabalhando pela aprovação do pacote de ajuste fiscal, que engloba regras mais duras para o acesso de benefícios trabalhistas e previdenciários e reajuste de tributos. Segundo o Planalto, as medidas são necessárias para o equilíbrio das contas.

O ministro do Planejamento afirmou, durante entrevista coletiva, que cenário atual com que o governo trabalha é de redução de 1,2% do Produto Interno Bruto. "A previsão de queda de atividades deve ocorrer no primeiro semestre deste ano", disse. A previsão para o ano inteiro é de índice negativo, de retração no primeiro ano e recuperação no segundo. A comparação é com 2009, quando o segundo semestre foi incapaz de recuperar o primeiro.