navio-afp-483x303.jpg

Uma barcação com mais de 300 pessoas a bordo está afundando no Mediterrâneo, anunciou nesta segunda-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que recebeu um pedido de socorro de uma pessoa que viaja na embarcação e afirmou que morreram 20 pessoas.

"A pessoa que ligou afirmou que mais de 300 pessoas estão a bordo do barco e que está afundando. Também afirmou que pelo menos 20 pessoas morreram", afirma a organização com sede em Genebra.

A embarcação viaja ao lado de outras duas. A OIM, que contactou as Guardas Costeiras do Mediterrâneo, não sabe exatamente onde estão as embarcações.

Segundo a organização, as autoridades "não têm os recursos para resgatá-los agora", em consequência do naufrágio de outro barco no domingo, na costa da Líbia, que deixou centenas de desaparecidos.

A OIM acredita que as Guardas Costeiras provavelmente tentarão desviar navios comerciais para o local em que o barco está afundando. Uma operação complicada, pois segundo a organização alguns não querem colaborar.

O novo incidente acontece no momento em que a União Europeia organiza uma reunião conjunta de ministros do Interior e das Relações Exteriores, convocada em caráter de urgência após o naufrágio de domingo.

Itália estuda ‘intervenções dirigidas’ contra os traficantes na Líbia
A Itália estuda a possibilidade de realizar "intervenções dirigidas" contra os traficantes de pessoas na Líbia, anunciou nesta segunda-feira, em Roma, o chefe de Governo italiano Matteo Renzi, depois dos recentes naufrágios no Mediterrâneo que deixaram centenas de mortos em menos de uma semana.

"A hipótese de uma intervenção militar não está sobre a mesa, mas, sim, é possível fazer intervenções dirigidas para destruir a máfia criminosa", declarou Renzi em uma entrevista coletiva conjunta com seu colega maltês Joseph Muscat.

"Ataques contra a extorsão, contra os escravocratas, são parte de nosso raciocínio", destacou Renzi, antes de afirmar que o ministério da Defesa estuda a possibilidade. "Os técnicos estudam hipóteses técnicas", declarou, sem revelar detalhes.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, mencionou a possibilidade há vários dias.

Em uma entrevista ao jornal Il Corriere della Sera, o ministro citou "ações antiterroristas dirigidas, dentro da coalizão anti-Daesh (acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico), contra o tráfico de seres humanos".

UE realizará cúpula extraordinária sobre crise dos imigrantes no Mediterrâneo
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou nesta segunda-feira que na próxima quinta-feira será realizada em Bruxelas uma cúpula europeia extraordinária sobre o drama dos imigrantes no Mediterrâneo, depois da morte de centenas de pessoas em recentes naufrágios.

"Decidi convocar uma cúpula europeia extraordinária nesta quinta-feira sobre a situação no Mediterrâneo", anunciou Tusk em seu Twitter.

A reunião foi pedida no domingo pelo chefe do Governo italiano, Matteo Renzi, com apoio de outros dirigentes.

Renzi também afirmou nesta segunda que a Itália estuda a possibilidade de realizar "intervenções dirigidas" contra os traficantes de pessoas na Líbia.

"A hipótese de uma intervenção militar não está sobre a mesa, mas, sim, é possível fazer intervenções dirigidas para destruir a máfia criminosa", declarou Renzi em uma entrevista coletiva conjunta com seu colega maltês Joseph Muscat.

"Ataques contra a extorsão, contra os escravocratas, são parte de nosso raciocínio", destacou Renzi, antes de afirmar que o ministério da Defesa estuda a possibilidade.

"Os técnicos estudam hipóteses técnicas", declarou, sem revelar detalhes.