Na sexta-feira 24 a Apple começa a enfrentar seu maior desafio desde a morte de Steve Jobs, há anos. Nesta data a companhia da maçã finalmente inicia as vendas do seu esperado relógio inteligente. Maior lançamento desde o Ipad, o Iwatch chega com a promessa de ser um sucesso de vendas em um primeiro momento. No entanto, ao contrário de outros sonhos de consumo moderno, o desempenho a médio e longo prazos do mini-computador em formato de relógio é uma incógnita.

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Ainda que nas primeiras 24 horas de pré-venda o Iwatch tenha tido mais de 1 milhão de unidades comercializadas, ninguém sabe ao certo como será a experiência do usuário final com um produto de características tão próprias. Ao contrário dos smartphones ou tablets, o Iwatch foi criado para ser usado de forma efetiva, grudado ao corpo a maior parte do dia. Para ter todas suas funcionalidades disponíveis, será preciso também que o usuário disponha de, ao menos, um Iphone 5. Sem ele, o Iwatch perde o seu encanto.

O mercado estima que só neste ano a Apple deva vender entre 15 e 22 milhões de unidades do relógio. Isso representaria algo como 55% do mercado de smarwatches e é quase impossível encontrar um analista que discorde dessa previsão. O que ninguém sabe é se a Apple vai conseguir replicar sua estratégia de fazer com que os seus fãs tenham disposição – e dinheiro – para trocar os relógios quase que anualmente como fazem com os Iphones e Ipads. Foi assim, fazendo com que o consumidor acreditasse ser imprescindível ter o novo modelo lançado todos os anos pela empresa que Steve Jobs conseguiu tirar a Apple de um atoleiro e levá-la para o topo da Nasdaq. A grande pergunta agora é: o susbtituto de Jobs, Tim Cook, conseguiu desenvolver um produto com apelo semelhante. Dentro de um ano será possível ter essa resposta.

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