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Um senador francês que devia comparecer à justiça por cumplicidade em um caso de malversação de fundos públicos cometeu suicídio nesta terça-feira, antes da primeira audiência do julgamento, e deixou uma carta na qual denuncia uma "caçada sistemática aos políticos".

Jean Germain, de 67 anos, senador e ex-prefeito de Tours (centro), devia comparecer em um caso conhecido como "casamentos chineses", pois envolvia uma empresa organizadora de cerimônias destinadas a casais chineses que queriam dar um toque exótico a seu matrimônio.

"Sei a dor que vou causar, a pena que darei aos que gostam de mim, mas não se pode deixar a caça sistemática de políticos transcorrer normalmente, diariamente", escreveu Germain na carta encontrada em seu carro.

As fontes policiais indicaram que, segundo os primeiros elementos da investigação, trata-se de um suicídio.

Depois de anunciada a notícia da morte de Jean Germain, o presidente François Hollande afirmou tratar-se de "um drama terrível que um homem se suprima porque não quer que sua honra seja manchada".

"Um grande prefeito desapareceu em circunstâncias particularmente crueis", enfatizou.