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O copiloto do Airbus A320 da companhia alemã Germanwings que supostamente provocou a queda deliberada do avião nos Alpes franceses escondeu que estava de licença por uma doença no dia da tragédia, anunciou a procuradoria de Dusseldorf.

Os investigadores encontraram na residência de Andreas Lubitz atestados de licença médica detalhados, que o copiloto teria rasgado e que correspondiam ao dia dos fatos, terça-feira passada, informou a procuradoria em um comunicado, sem revelar a doença da qual ele recebia tratamento.
 
Os documentos sustentam a tese de que Andreas Lubitz "escondeu a doença do patrão e de seu entorno profissional", afirma o comunicado da procuradoria.
 
Os documentos encontrados na residência do piloto demonstram uma "doença existente e tratamentos médicos correspondentes".
 
Os investigadores não encontraram nenhuma carta de despedida ou mensagem que anuncie um ato premeditado.
 
A imprensa alemã revelou nesta sexta-feira que Lubitz, corredor amador, teria sofrido uma grave depressão há seis anos, quando estava no curso de piloto.
 
A depressão teria levado o jovem a interromper os estudos "durante certo tempo", informou o presidente de Lufthansa, casa matriz da Germanwings, Carsten Spohr, que disse não ter o direito de revelar as causas da interrupção.
 
A polícia alemã informou que recolheu pistas em um apartamento de Lubitz em Dusseldorf e na residência de seus pais em Montabaur, uma pequena cidade entre Frankfurt e Dusseldorf, onde vivia parte do ano.
 
"Durante a inspeção do apartamento do copiloto, recolhemos pistas. São vários objetos e documentos", afirmou o porta-voz da polícia de Dusseldorf, Marcel Fiebig.
 
Mas o porta-voz desmentiu as informações da imprensa britânica sobre uma "descoberta significativa". 
 
O Airbus A320 da Germanwings, que viajava de Barcelona a Dusseldorf, caiu na terça-feira nos Alpes franceses, acidente que matou as 150 pessoas a bordo.