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A Beija-Flor é a grande campeã do carnaval carioca. A escola de Nilópolis, que somou 269,9 pontos, superou o Salgueiro por apenas 0,4 ponto para conquistar o título.

Turbinada por uma fortuna da ditadura da Guiné Equatorial, obscuro país da África Ocidental (fala-se em R$ 10 milhões de patrocínio), a Beija-Flor mostrou a habitual opulência, com carros alegóricos impressionantes pelas dimensões e perfeição.

A gigante de Nilópolis chegou com vontade de ganhar ao sambódromo, por causa da sétima colocação de 2014, e deu o costumeiro show de competência. Este é o 13º título da Beija-Flor.

Ao falar de Minas Gerais, o Salgueiro, que contou com Renato Lage (em parceria com a mulher, Marcia Lage), o melhor carnavalesco da atualidade, também se destacou pela plástica impecável. Teve luxo e criatividade, mas não conseguiu superar a tradicional Beija-Flor.

Em terceiro lugar, com 269 pontos, ficou a Grande Rio, escola que não era cotada entre as favoritas. A mesma pontuação foi obtida por Unidos da Tijuca e Portela, que ficaram para trás nos critérios de desempate.

A Viradouro, com 263,7 pontos, acabou rebaixada para o grupo de acesso.

O enredo da Beija-Flor

A Beija-Flor esbanjou sua tradicional riqueza de detalhes em um desfile sobre a Guiné Equatorial.

Uma série de símbolos da cultura do país africano foi mostrada na Marquês de Sapucaí, como os griôs, anciãos da África Ocidental que tinham a responsabilidade de estudar e reproduzir os saberes do povo. A colonização europeia e a escravidão foram outros temas abordados pela escola, que encerrou o desfile destacando os laços culturais entre a Guiné Equatorial e o Brasil.

O diretor de Carnaval da escola, Laíla, ficou muito emocionado ao ser lida a nota no quesito Evolução que confirmou o campeonato e caiu de joelhos na Praça da Aspoteose, agradecendo à comunidade da Baixada Fluminense pela vitória. "Oobrigada a minha bateria, obrigada meu povo. Eu amo carnaval e amo o que faço", disse, chorando.