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O comandante do jatinho que transportava o presidenciável Eduardo Campos, morto um um acidente em agosto do ano passado, não seguiu o trajeto previsto ao tentar realizar um pouso na Base Aérea de Santos, no Guarujá, segundo oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A queda da aeronave matou, além do então líder do PSB, outras seis pessoas.

De acordo com o Cenipa, órgão de investigação ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), o comandante Marcos Martins enviou informações incorretas sobre seu posicionamento aos controladores de tráfego aéreo. Os investigadores afirmaram, entretanto, que ainda não é possível determinar as causas da queda.

"Ele (o piloto) fez o trajeto diferente do que está na carta", disse tenente-coronel aviador Raul Souza. Na aproximação final e na arremetida, segundo o Cenipa, os radares mostraram um percurso diferente do indicado pelas cartas de navegação da região. Ainda segundo o Cenipa, a tripulação falhou ao não informar exatamente quais locais estava sobrevoando durante os procedimentos.

Pouco depois de arremeter, o jatinho Cessna 560 XL+ caiu de bico, com os motores a plena potência, sobre uma área residencial do Guarujá. De acordo com os investigadores, os pilotos não estavam habilitados para conduzir esse tipo de aeronave, mas apenas o modelo "abaixo", o Cessna 560.

"Não podemos afirmar que houve falha humana, ainda", disse o tenente-coronel Raul de Souza. O prazo para a conclusão das investigações ainda é incerto. O trabalho é dificultado porque o avião não estava equipado com o gravador de dados de voo. Já o aparelho que registraria as conversas na cabine estava desligado.