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O criador do slogan "Je suis Charlie", o designer Joachim Roncin, de 39 anos, espera conseguir parar toda exploração comercial de sua frase e estuda as maneiras mais adequadas para atingir esse objetivo, declarou sua advogada nesta quinta-feira à AFP.

"Joachim Roncin irá buscar seus direitos autorais para tentar controlar a divulgação do slogan e para conservar intacta a mensagem inicial", afirmou Myriam Witukiewicz-Sebban, referindo-se à palavra de ordem que ganhou o mundo após o atentado jihadista contra o jornal satírico "Charlie Hebdo", semana passada, em Paris.

"Francamente, me dói tudo que aconteceu, com toda essa gente querendo ganhar dinheiro. Especialmente, porque desvaloriza o sentido do slogan", explicou Roncin em entrevista à AFP.

Depois do ataque, houve quem colocasse cópias do "Charlie Hebdo" à venda on-line por milhares de euros, alegando, contudo, que o valor arrecadado será entregue ao semanário.

Roncin tinha apenas 400 seguidores no Twitter até lançar o hashtag mais popular ligado aos atentados (#JeSuisCharlie) e criar o slogan para um cartaz com a tipografia do título do veículo.

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A frase "Eu sou…" se tornou lugar-comum para expressar solidariedade com alguma causa desde que o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, declarou em um discurso em 1963, em Berlim: "Ich bin ein Berliner" ("Eu sou um berlinense").


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