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A presidente Dilma Rousseff vai terminar o seu primeiro mandato com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,2 % em 2014. É o que prevê o Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta terça-feira, 23.

No documento, o BC ficou ainda mais pessimista com o desempenho da economia este ano. A previsão anterior, feita em setembro pelo BC, era de que o PIB teria uma expansão de 0,7%. No início do ano, o BC chegou a prever uma alta de 2% do PIB brasileiro em 2014.
 
Confirmada a nova previsão do BC, será o pior desempenho econômico do País desde 2009, ainda no governo do ex-presidente Lula, quando o PIB brasileiro sofreu uma retração de 0,33% por conta dos efeitos da eclosão da crise financeira internacional. O PIB de 2014 também será o mais baixo dos quatro anos do governo Dilma. Em 2011, o crescimento foi de 2,73%; 1% em 2012 e 2,49% em 2013.
 
Para 2015, primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma, o BC projeta um crescimento de 0,6% até o terceiro trimestre.
 
Indústria
 
A crise na indústria é a principal responsável pelo fraco desempenho da economia do Brasil em 2014. O BC prevê uma queda de 1,4 % do PIB industrial este ano. Em setembro, a previsão era de uma desaceleração de 1,6% da indústria. Para 2015, o BC estima que a indústria terá uma queda de 0,3% até o terceiro trimestre.
 
O setor de serviços deve crescer 0,7% em 2014 e a agropecuária, 1,4%. As previsões anteriores eram de alta de 2,3% do PIB do agronegócio e de 1,2% do setor de serviços. Para 2015, O BC estima um crescimento de 3,1% da agropecuária até setembro e de 0,5% do setor de serviços.
 
FBCF
 
Mesmo com todos os estímulos dados pelo governo, os investimentos no Brasil vão levar um tombo em 2014. Os dados do BC projetam uma queda de 7,1 % na chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que indica a capacidade de produção do País. A estimativa anterior era de que os investimentos teriam um recuo de 6,5%. Para 2015, o cenário continua ruim. O BC estima que a FBCF terá um uma queda de 1,8% até o terceiro trimestre.
 
O BC também reviu para 1% a projeção de consumo das famílias em 2014 ante 1,6% na estimativa anterior. Até o terceiro trimestre de 2015, o BC projeta um crescimento de 0,5% no consumo das famílias. O consumo do governo deve crescer esse ano 1,8%. O valor é maior do que os 1,7% projetados pelo BC há três meses. Para 2015 até o terceiro trimestre, o BC estima que o consumo do governo vai desacelerar e crescer 0,9 %.