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A goiana Marcia Mikhael está entre os reféns do sequestro em um café de Sydney, na Austrália, segundo informação de familiares ao site do jornal O Globo. No perfil do Facebook de Marcia, dezenas de pessoas deixam mensagens de apoio. Amigos também criaram uma comunidade, "Pray for Marcia", para divulgar informações sobre o sequestro e pedir orações para a brasileira.

Um dos irmãos de Marcia disse à Globonews que a ela vive na Austrália há 30 anos. Marcia mandou uma mensagem via Facebook para dizer que estava entre os sequestrados. Também em sua página na rede social, Marcia publicou as demandas do sequestrador. 

Segundo o Globo, a brasileira é gerente de projetos em um banco na região central de Sydney, onde ocorre o cerco. A pedido da polícia, a empresa evitou confirmar a presença de Marcia entre os reféns.

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A brasileira Marcia Mikhael esté entre os reféns

Mais cedo, ao menos cinco pessoas conseguiram fugir da cafeteria, em meio ao cerco que já dura mais de trezes horas. Um homem armado mantém reféns no local, mas não se sabe ao certo quantas pessoas permanecem no comércio.

O sequestrador, supostamente um extremista islâmico, obrigou alguns dos reféns a segurarem uma bandeira com a inscrição em árabe "Não há nenhum outro Deus a não ser Alá, Maomé é seu mensageiro".

Mais de 40 grupos muçulmanos australianos condenaram a tomada de reféns.

"Nós rejeitamos qualquer tentativa de tirar vidas inocentes de seres humanos ou de instilar medo e terror em seus corações", afirmam em um comunicado, que chama a tomada de reféns de "ato desprezível".

Um homem de cerca de 40 anos foi identificado pela imprensa como o suposto sequestrador. Relatórios não confirmados asseguram que o agressor exigiu falar com o primeiro-ministro, Tony Abbott. Ele teria afirmado que espalhou explosivos por toda a cidade.

Os grupos muçulmanos indicaram que a inscrição "não representa um posicionamento político, e sim reafirma o testemunho da fé do qual se apropriaram de maneira indevida indivíduos desorientados que não representam ninguém, exceto a si mesmos".

"Este ato desprezível serve apenas para as agendas daqueles que buscam destruir a boa vontade do povo da Austrália e para prejudicar e ridiculizar a religião do islã e os muçulmanos australianos", completa a nota.

"Nossos pensamentos estão com os reféns e seus entes queridos".

Líderes religiosos pediram nesta segunda-feira aos fiéis que se unissem e orassem por uma solução pacífica para a tomada de reféns.