A procura por tratamentos menos agressivos mas que produzam impactos expressivos é a mais forte tendência de beleza dos últimos anos. A partir de 2015, os brasileiros terão maior acesso a uma opção festejada por boa parte dos dermatologistas como a saída mais eficaz para o rejuvenescimento facial e a prevenção e o tratamento de flacidez corporal e do rosto. Está se falando aqui do uso do ultrassom microfocado, a única tecnologia não invasiva capaz de atingir as camadas mais profundas da pele e, por isso mesmo, responsável por efeitos bastante marcantes. “Os resultados mais impressionantes são na face e no pescoço”, afirma a dermatologista Valéria Campos, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Não ouso dizer que o lifting tradicional está 100% abolido, mas com certeza podemos adiá-lo por muitos anos.” O método ainda tem o atrativo de ser o único procedimento não invasivo aprovado para levantar a pele flácida do pescoço (“papinho”) e a sobrancelha. Neste último caso, a outra opção é a injeção de toxina botulínica.

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RÁPIDO
Segundo a dermatologista Roberta Bibas, geralmente é
preciso somente uma aplicação para obter os efeitos

A tecnologia funciona aquecendo as camadas mais profundas da pele (até 4,5 mm). “Nos pontos atingidos, a temperatura chega até 70ºC, gerando áreas de retração que, ao final da sessão, podem contabilizar cerca de dez mil pontos de sustentação da pele”, explica a dermatologista Valéria. “Nos locais onde ocorre essa microlesão há a contração imediata e visível de colágeno e uma resposta a longo prazo que leva à formação de colágeno novo entre dois e seis meses pós-tratamento”, completa. O colágeno é a proteína que dá sustentação à pele e cuja produção cai com o envelhecimento.

Os primeiros aparelhos desembarcaram no País há cerca de dois anos, mas seu custo era alto demais. A chegada de duas novas opções, mais baratas, deve permitir a popularização do procedimento, além de suas vantagens sobre métodos como o laser. “O laser acomete a superfície da pele, tendo várias restrições no pós-operatório”, afirma a dermatologista Roberta Bibas, do Rio de Janeiro. “E, geralmente, é preciso apenas uma sessão de ultrassom para obter seus efeitos.”

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