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Se fosse uma instituição de ensino independente, a Universidade Corporativa do Banco do Brasil seria uma das maiores do País. Com 50 mil funcionários matriculados em cursos presenciais e 33 mil que visitam o portal diariamente, ela atende a quase o mesmo contingente que a Universidade de São Paulo, onde estudam pouco mais de 90 mil pessoas. Criada em 2002, a Universidade Corporativa deu um salto de qualidade nos últimos anos e hoje oferece cursos de especialização, capacitação e idiomas no próprio ambiente de trabalho. Nas salas de aula, os funcionários debatem dificuldades que enfrentam no dia a dia, ampliam seus conhecimentos na área em que atuam e, por meio de um processo seletivo, podem até lecionar para novas turmas. “Tudo aquilo que aprendemos levamos às salas de aula”, diz Carlos Netto, diretor de gestão de pessoas do Banco do Brasil. Pela amplitude e qualidade do projeto, o BB foi o vencedor, entre as grandes empresas, na categoria Recursos Humanos.

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INVESTIMENTO
Para o vice-presidente de gestão de pessoas e desenvolvimento sustentável,
Robson Rocha, debater em sala de aula enriquece a atuação dos colaboradores

A estratégia do Banco do Brasil acompanhou as profundas transformações na área de RH. “Antes o setor tinha apenas a missão de administrar a folha de pagamento”, diz Thalita Doering, da consultoria Michael Page. “Na última década, passou a cuidar da gestão de pessoas.” Com essa premissa, o Banco do Brasil destinou no ano passado R$ 91 milhões para a educação corporativa de seus colaboradores. O gerente Flávio Luiz Ferreira da Silva, 43 anos, trabalha há 20 no banco e já passou por uma dezena de cursos. “Estudei matemática financeira, fiz especializações e até cursei pós-graduação com bolsa integral.” Graduado em direito, o gerente-geral das operações do Rio de Janeiro afirma que, à medida que obtinha certificações, sentia-se um profissional mais completo. “Passei a ter mais conhecimento do meu papel dentro da empresa.”

Sediada em Brasília, a Universidade Corporativa oferece atualmente 260 cursos. Para ampliar o acesso dos funcionários de todo o País, o departamento de recursos humanos ergueu 30 unidades regionais em diferentes Estados. “Um funcionário que trabalha no Amazonas, por exemplo, consegue ter acesso ao conteúdo dos cursos”, diz Netto.

As oportunidades não se restringem aos colaboradores. Recentemente, o banco criou o UniBB Família. “A universidade oferece aos filhos dos funcionários um curso de preparação para o Enem e testes de orientação vocacional”, diz o executivo.

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