Um novo aplicativo tem como objetivo resolver o problema de estupro e agressão sexual, principalmente naqueles casos em que a mulher se encontra drogada, alcoolizada ou desacordada. Chamado Good2go (algo como ‘vamos em frente’), o app, disponível gratuitamente para sistemas operacionais iOS e Android, pede ao parceiro em potencial que responda a algumas perguntas antes da relação sexual.

A primeira pergunta é: "Estamos de acordo em seguir adiante?" E então aparecem três opções de resposta: "Não, obrigada", "Sim, mas precisamos conversar" e "Eu estou bem para seguir adiante".Então o parceiro devolve o telefone para o outro conferir a resposta. Se "não, obrigado" foi selecionado, então não há sexo. Se foi "Sim, mas precisamos conversar", significa que ainda há algo a discutir e que pode ou não acontecer a relação. E se foi a última opção a escolhida, "Eu estou bem para ir" deixa tudo claro de quais são as intenções.

Mas não termina por aí. Ainda há uma segunda etapa em que o parceiro faz um auto-avaliação sobre seu grau de sobriedade. Se a pessoa selecionar a opção "bastante bêbada", a resposta "Eu estou bem para seguir adiante" muda para "não, obrigado". Se forem selecionadas as opções: "sóbria", levemente alcoolizada" ou "alcoolizada, porém bem para seguir adiante", será requistado então que se insira o número de telefone da outra pessoa para se guardar a identidade e confirmar o consentimento do ato sexual. O número de telefone não é armazenado na agenda, apenas no aplicativo.

Em entrevista ao New York Post, o criador do app, Lee Ann Allman, disse que se inspirou depois de conversar com os filhos universitários sobre agressão sexual e perceber como eles estavam confusos sobre o tema. Confira no VÍDEO um tutorial, em inglês, sobre o aplicativo.

Recentemente, o governador do estado da Califórnia, Jerry Brown, assinou uma lei em que a pessoa precisa dizer "sim" antes de uma relação sexual para deixar claro o consentimento e não ser considerado ato forçado. Até então, era considerado não consentido quando a pessoas dizia "não". O silêncio era considerado consentimento.

Os Estados Unidos têm enfrentado uma onda de casos de abusos sexuais em suas universidades, principalmente durante festas nos campus, quando garotas estão alcoolizadas ou desacordadas, o que tem dificultado as investigações dos casos, por conta de situações ‘ambíguas’. As iniciativas seriam uma forma de de evitar mal-entendidos.

 

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