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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa anunciou nesta quarta-feira que ficará calado no depoimento à CPI mista da Petrobras. Preso no Paraná, Costa foi levado hoje a Brasília e rejeitou a oferta de falar em uma sessão secreta.

“Pode ser em sessão aberta, mas não tenho nada a declarar”, disse Roberto Costa, no início da sessão. Até as 16h desta tarde, o ex-diretor havia se recusado a responder 10 perguntas formuladas por congressistas.

Costa foi preso sob suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro, desarticulado pela Operação Lava Jato. Ele aceitou participar de uma delação premiada e entregou uma lista de políticos que teriam recebido propina de dinheiro desviado de contratos da estatal.

Mesmo com a recusa de falar, parlamentares da oposição apresentaram requerimento para tentar transformar a sessão aberta em secreta. A tentativa fracassou frente a maioria governista, que defendeu a oitiva pública.

Nesta quarta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o sigilo da delação premiada é obrigatório. “A lei impede que qualquer pessoa se refira a eventual delação e seu conteúdo”, disse.