11/09/2014 - 15:48
De acordo com o pesquisador alemão, existe a possibilidade de até metade das populações de Serra Leoa e da Libéria serem dizimadas pelo Ebola. O momento certo para deter esta epidemia nesses países passou. Isso deveria ter sido feito em maio e junho. Agora é tarde demais", disse. Hoje Serra Leoa conta com cerca de 5 milhões de habitantes e a Libéria com aproximadamente 4 milhões.
De acordo com o virologista, “a coisa mais importante a fazer agora é evitar que o vírus se espalhe para outros países ", e que muito mais dinheiro tem de ser investido em testes de vacinas eficientes, de acordo com o DW.
A declaração de Jonas ao DW desencadeou reações nervosas das autoridades. Uma porta-voz de da organização humanitária não-governamental Welthungerhilfe afirmou ao DW que as afirmações "não são muito construtivas". Já Jochen Moninger, coordenador da organização que está sediado em Serra Leoa, foi mais duro, afirmando que as colocações do virologista “são perigosas e, além disso, não são corretas”.
Jochen alegou ao DW que medidas estão começando a mostrar avanços e que o problema tem solução e a epidemia ainda pode ser contida. "Se eu tivesse perdido a esperança por completo, gostaria de arrumar minhas coisas e sair daqui com minha família" declarou ele ao jornal alemão. O coordenador ainda ressaltou que “acabar com as esperanças não ajuda”.
De acordo com o DW, a Organização Mundial de Saúde (OMS) se recusou a comentar a declaração de Schmidt-Chanasit. Fadela Chaib, porta-voz da Organização, no entanto, diz que “certamente ainda há esperança para os dois países”. “Podemos colocar a situação sob controle em 6 a 9 meses", disse ao DW.