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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram nesta quinta-feira a mobilização de 16 mil reservistas por conta da ofensiva lançada contra a Faixa de Gaza, que já chega a quase um mês.

De acordo com um porta-voz, a convocação adicional dos reservistas irá permitir o descanso dos soldados que estão na ativa. Dessa forma, o número de militares mobilizados para a operação totaliza 86 mil, de acordo com informações da agência AFP.
 
Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza causaram nesta quarta-feira mais de 100 mortes, incluindo mais de 30 em um mercado e uma escola que abrigava refugiados palestinos sob a direção da ONU, que denunciou um "massacre" e o secretário-geral classificou como "injustificável".
 
Não há um acordo à vista neste conflito entre Israel e o Hamas, que deixou no total 1.363 palestinos mortos, segundo os serviços de emergência locais. Já Israel contabiliza a morte de 56 soldados até o momento.
 
O ataque ao mercado de Shejaiya (subúrbio da cidade de Gaza) ocorreu durante uma breve trégua humanitária declarada por Israel em sua guerra implacável contra o movimento islâmico Hamas. No campo de refugiados de Jabaliya (norte), pelo menos dezesseis palestinos morreram, entre eles várias crianças, em um ataque israelense contra uma das 83 escolas da ONU utilizadas para abrigar os civis.
 
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNWRA) acusou o Exército israelense de "grave violação do direito internacional" e pediu medidas imediatas para "acabar com o massacre". "Só havia crianças e jovens. Porque fizeram isso? Para onde podemos ir?", lamentava Hisham al-Masri, um dos refugiados do local.
 
Mais munição urgente
 
A pedido do governo israelense, os Estados Unidos enviaram munição adicional ao tradicional aliado, apesar dos pedidos de cessar-fogo e das críticas pela mortes de civis vindos de Washington.
 
O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou nessa quarta-feira as informações sobre o envio de mais munição dos Estados Unidos para Israel a pedido das Forças de Defesa israelenses. "O Departamento de Defesa recebeu uma carta em 20 de julho pedindo uma venda normal de munição ao exterior. O pedido tramitou pelos canais normais e foi aceito em 23 de julho", explicou Kirby.
 
A venda de munição está estabelecida para casos de emergência no chamado Inventário de Reservas de Munição de Guerra de Israel, no valor de mais de US$ 1 bilhão e que permite aos israelenses dispor de munição de maneira urgente.
 
Esta semana o Congresso americano debate o envio de uma ajuda de emergência no valor de US$ 225 milhões para manter a operabilidade e os estoques de mísseis do sistema israelense da Cúpula de Ferro, que permitiu que nesta crise só três civis israelenses tenham sido vítimas dos foguetes lançados pelo Hamas contra a população civil.


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