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O movimento islamita Hamas negou nesta terça-feira que tenha chegado a um acordo com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) para que as milícias em Gaza adiem um cessar-fogo de 24 horas prorrogável para 72, anunciou pouco antes em Ramala o secretário-geral do Comitê Executivo da OLP, Yasser Abed Rabbo.

"A declaração de Abed Rabbo sobre que o Hamas aceitou um cessar-fogo de 24 horas não é certa, e não reflete a postura da resistência", disse Abu Zuhri em mensagem enviada aos veículos de imprensa.

"Consideraremos um cessar-fogo quando Israel se comprometer também e tivermos garantias internacionais", acrescentou.

O porta-voz islamita se referia ao anúncio feito hoje em Ramala pelo secretário do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que as facções palestinas haviam aceitado a proposta de cessar as hostilidades durante 24 horas, que poderiam ser prorrogadas por outras 48, segundo um pedido da ONU.

Segundo Abed Rabbo, a proposta foi apresentada "após estabelecer contatos e consultas com os irmãos do Hamas e a Jihad Islâmica", os dois grupos armados mais significativos na Faixa de Gaza.

"Todas as facções se preparam para um cessar-fogo imediato e uma trégua humanitária de 24 horas (…). Também há uma proposta da ONU para estender esta trégua 24 horas", explicou Abed Rabbo, segundo uma informação divulgada através da agência oficial palestina Wafa.

De acordo às mesmas fontes, vários representantes do espectro político palestino teriam decidido retornar ao Cairo para negociar as condições de um cessar-fogo.

Um porta-voz da OLP insistiu, além disso, em que "todas as facções palestinas aceitam um cessar-fogo, mas Israel não o aceita".

O alto membro do birô político do Hamas Izzat Rishek endossou o desmentido de Abu Zuhri.

Rishek disse que "não há nenhum acordo Palestina-Palestina sobre um cessar-fogo de 72 horas".