“Q.A.P (na escuta)! Qual o nome da pessoa que entrou e não avisamos?”, pergunta um segurança, com rádio na mão, enquanto a fila de carros para o trânsito na entrada da casa do empresário João Doria Jr., em São Paulo. “A-É-CIO NE-VES”, reclama a voz metálica no walk-talk. “É o homenageado da noite…Q.A.P!” O funcionário fica pálido: “Desculpa, eu não conhecia…” O lapso, nada que em minutos Doria – tranquilo e infalível como Bruce Lee – não corrigisse no hall da mansão, aponta o que Aécio Neves sabe: o pré-candidato do PSDB à Presidência precisa ficar mais conhecido em São Paulo.

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Foi o primeiro grande jantar em torno do tucano mineiro. Os 150 empresários que o esperavam pareciam compartilhar o reforço. “Tenho enorme confiança nos quadros que temos”, disse o senador, de costas para uma parede com obras de Di Cavalcanti, ao lado de Armínio Fraga, que já falava como seu homem da economia. Seu maior avalista dividiu com ele a cabeceira da mesa de 18 lugares: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Horas antes, no mesmo 31 de março, data dos 50 anos do golpe, Aécio falou à tarde no evento do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) para 518 empresários. Brincando com a Copa, respondeu à pergunta a que técnico se compararia: “Não ousarei dizer que sou um Felipão. Mas existiu um técnico em minha terra que não deve ser muito conhecido de vocês. Telê Santana. Ele sabia fazer o time jogar muito bem.”

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Em 28 de abril, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência pelo PSB e ávido para conquistar os paulistas, também passará pelo teste de reconhecimento do segurança. Doria organiza o mesmo jantar em torno do governador de Pernambuco. “A presidenta Dilma também já foi convidada para outra rodada.” 

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