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Um relatório do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG – Cantareira) indica que, no pior cenário previsto, o volume útil do sistema se esgotaria em julho. Devido à estiagem que atinge São Paulo, o Cantareira tem o pior nível de águas desde que foi criado – em 1970. No melhor cenário previsto pelo grupo, a água acabaria em setembro.

O relatório, emitido na sexta-feira, recomenda diminuição da vazão média e que os Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (comitês PCJ) sejam apoiados pela Agência Nacional das Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) para criação de planos de contingência para enfrentar a escassez.

Volume recorde

No último sábado, o volume do sistema Cantareira registrou novo recorde: 13,6%, o menor desde 1970. O diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, avaliou, em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia 25, que 2014 será um ano "bastante difícil" para a população paulista. "Essa crise deve continuar durante todo o ano", ressaltou ele, que ainda defendeu a utilização do volume morto do Cantareira como medida de curto prazo para ajudar na solução da crise de desabastecimento.