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A Rússia "retira progressivamente" suas tropas posicionadas na fronteira com a Ucrânia, afirmou à AFP o porta-voz do ministério ucraniano da Defesa, que temia uma invasão do leste do país após a perda da Crimeia.
"As forças russas se retiram progressivamente da fronteira", afirmou o porta-voz Olexei Dimitrashkivski. "Talvez tenha ligação com a necessidade de assegurar um rodízio. A outra hipótese é que estaria relacionada com as negociações entre Rússia e Estados Unidos".

Na quinta-feira, o presidente do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Andrei Parubei, afirmou que Moscou havia mobilizado 100.000 soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia.

O governo dos Estados Unidos mencionou a presença de 20.000 homens e considera a retirada das forças uma condição para o fim da crise, como reiterou no domingo em Paris o secretário de Estado americano, John Kerry, após uma reunião com o chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov.

Moscou negou ter enviado tropas à fronteira e alegou que recentes inspeções internacionais não destacaram nenhuma atividade militar fora do comum. O Kremlin acusou os países ocidentais de má-fé.

No sábado, Lavrov afirmou que Moscou não tinha "absolutamente nenhuma intenção ou interesse" em atravessar a fronteira da Ucrânia.