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O Palácio do Planalto formalizou nesta quinta-feira o anúncio da mudança em seis novos ministérios, o maior passo até o momento da reforma ministerial conduzida pela presidente Dilma Rousseff. A partir da próxima segunda-feira, haverá troca de titulares em seis pastas: Desenvolvimento Agrário, Cidades, Pesca e Aquicultura, Agricultura, Ciência e Tecnologia e Turismo.

Com exceção do atual ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, todos os ministros que desembarcam do governo federal neste momento concorrem a cargos eletivos no pleito de outubro. O substituto será outro técnico, o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Clelio Campolina Diniz.

Pepe Vargas (PT-RS) deixa o Ministério do Desenvolvimento Agrário para dar lugar ao ex-presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto – que já ocupou o cargo no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. No Ministério das Cidades, a troca foi pacífica. Com aval do PP, a presidente substitui Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) por Gilberto Occhi. No Ministério da Pesca, sai Marcelo Crivela (PRB-RJ) e entra o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).

Surpreendeu na decisão da presidente a escolha para o ministério do Turismo. Ontem, havia sido ventilado que Dilma havia convidado o mineiro Ângelo Oswaldo, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para o cargo. A escolha não agradou ao PMDB. O presidente do partido, Valdir Raupp (RO), chegou a dizer que a escolha “não pacifica” a bancada peemedebista – que encabeça rebelião contra o governo por mais espaço na gestão Dilma. Quem assume o cargo é o atual gerente da assessoria internacional do Sebrae, Vinicius Nobre Lages.

A outra troca em pasta comandada pelo PMDB, no Ministério da Agricultura, se confirmou. Dilma adotou uma solução caseira e trocou Antônio Andrade (PMDB-MG) pelo atual secretário de Política Agrícola da pasta, Neri Geller. Segundo o recém-indicado ministro, sua indicação partiu do ministro Antônio Andrade e não da bancada do PMDB. O presidente do partido, Valdir Raupp (PMDB-RO), e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), aprovaram o nome.

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Até o fim da reforma, a presidente ainda terá de acomodar espaço para o partido aliado Pros, que deverá ficar com o Ministério da Integração Nacional. Apesar de já ter realizado outras mudanças ministeriais ao longo do seu mandato, Dilma sofre uma pressão maior agora porque a acomodação dos aliados será decisiva para a formação da sua chapa na corrida presidencial deste ano.


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